quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

FORÇA NACIONAL DO HAITI VEM CONHECER UPP NO RIO DE JANEIRO, DESCOBRIR COMO O PODER PÚBLICO PROTEGE O TRÁFICO DE DROGAS E DE ARMAS

Oficiais da Força Nacional do Haiti passaram a tarde desta quinta-feira conhecendo de perto o trabalho de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na Favela Dona Marta, na zona sul do Rio de Janeiro, cinco policiais visitaram a instalação da UPP, andaram pela comunidade e conversaram com os moradores. As atividades fazem parte de um programa de troca de experiência na área de pacificação e policia de proximidade, que se estenderá até 5 de fevereiro. Eles já visitaram batalhões especiais no Rio de Janeiro e farão mais dois dias de imersão no Dona Marta - a primeira comunidade carioca a receber uma unidade do tipo. De acordo com a comissária de Polícia do Haiti, Marie Louise Gauthier, nas favelas daquele país, grupos armados não vivem do tráfico, mas de outras ilegalidades, como roubos. Para ela, a iniciativa brasileira pode ser aplicada no país em bairros considerados violentos, como Cité Soleil, na capital Porto Príncipe. "Eles estão muito interessados nesse processo de pacificação, guardadas as devidas diferenças culturais e geográficas", disse um dos articuladores da visita, o coordenador da ong petista Viva Rio, Ubiratã Angelo. Um dos policiais integrantes da missão, Rivier Labady, ficou impressionado com a possibilidade de instalar uma base policia fixa dentro de uma favela e disse que isso será um desafio para o Haiti. Naturalmente, não devem ter contado para os haitianos, mas eles devem ter percebido, que as UPPs não desarmaram os bandidos, não prenderam traficantes, nem impediram o tráfico de armas e drogas. Acontece agora que o tráfico é feito sob proteção estatal. Em certo sentido, promoveu grande economia de recursos para os traficantes.

Nenhum comentário: