terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FMI FAZ NOVO CORTE NA PREVISÃO DO PIB DO BRASIL, PARA 2,3%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a reduzir as previsões de crescimento econômico do Brasil. Para este ano, a projeção é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,3%, abaixo dos 2,5% previstos em outubro. Com a revisão, a expectativa se igualou à expansão estimada para 2013. Para 2015, o FMI projeta avanço de 2,8%, também menor que os 3,2% divulgados no relatório anterior. O Brasil deve ter este ano um dos menores crescimentos entre os países emergentes com previsões divulgadas no relatório desta terça-feira. O México, por exemplo, deve crescer 3% este ano e 3,5% no próximo. A África do Sul deve crescer 2,8% e 3,3% nos mesmos períodos. Entre os grandes mercados emergentes, só a Rússia deve ter desempenho pior que o Brasil, crescendo 2% este ano e 2,5% no próximo. Os emergentes devem crescer 5,1% este ano, mesma previsão do relatório de outubro. Em 2015, o crescimento deve ficar em 5,4%, pouco acima dos 5,3% previstos anteriormente. Já a economia global deve avançar 3,7% em 2014 e 3,9%em 2015.

O Fundo divulgou nesta terça-feira um relatório em Washington atualizando as estimativas feitas durante sua reunião anual na capital americana em outubro, quando apresentou o documento “Perspectiva Econômica Global”. As projeções anuais para a economia brasileira vêm sendo rebaixadas a cada novo relatório do FMI desde meados de 2012. No documento, o Fundo alerta que países emergentes com contas externas mais fragilizadas e fraquezas internas, como o Brasil, estão “particularmente expostos” ao risco de fugas de capital por causa da mudança da política monetária dos Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A recomendação do Fundo é que os governos deixem as moedas desvalorizarem e fiquem atentos para gerenciar fuga de recursos.
A crescente volatilidade no mercado financeiro e nos fluxos internacionais de capital está entre os principais riscos que os mercados emergentes enfrentarão em 2014, destaca o relatório. “A combinação de mudanças nas carteiras dos agentes e fraquezas domésticas pode resultar em fugas mais acentuadas de capital e ajustes nas taxas de câmbio”, alerta o documento.

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