terça-feira, 28 de janeiro de 2014

DÓLAR ENCOSTA EM R$ 2,43, A MAIOR COTAÇÃO EM CINCO MESES

O dólar subiu mais de 1% nesta segunda-feira e voltou a se aproximar do nível de 2,43 reais, com investidores tirando a divisa do mercado brasileiro para se proteger da possível aceleração da redução dos estímulos econômicos nos Estados Unidos. A moeda americana tem avançado mesmo diante das intervenções diárias do Banco Central no leilão de contratos de swap, que consiste na venda de dólares no mercado futuro. Nesta segunda-feira, pesou ainda a aversão a risco sobre os emergentes, assunto que tem perturbado os mercados financeiros nos últimos dias. A moeda norte-americana avançou 1,17% e fechou em 2,4260 reais na venda após bater 2,4276 reais na máxima. Segundo o Banco Central, trata-se da maior cotação desde 22 de agosto, quando a moeda americana fechou cotada a 2,44 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,4 bilhão de dólares. Investidores trabalham na expectativa de que o Fed possa anunciar nesta quarta-feira mais um corte de 10 bilhões de dólares em seu programa de compras mensais de títulos, ante os atuais 75 bilhões de dólares, reduzindo ainda mais a oferta global de liquidez. Mas o mercado ainda especula sobre a possibilidade de o banco central norte-americano acelerar o processo de retirada dos estímulos, adicionando um componente de incerteza nas praças financeiras. Desde a semana passada, somou-se a essa ansiedade uma onda global de preocupação com a situação econômica dos mercados emergentes. Só na última quinta-feira, o peso argentino desabou 11% em relação ao dólar. Contudo, analistas afirmam que a perspectiva de que o Banco Central brasileiro possa intensificar as atuações para evitar que o fortalecimento do dólar contamine a inflação tende a amortecer os movimentos do câmbio do mercado doméstico. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em Londres que a autoridade monetária está trabalhando para combater o repasse do câmbio aos preços.

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