quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

DILMA BAIXA SUA ARROGÂNCIA E VAI LEVAR A EQUIPE ECONÔMICA PARA DAVOS, NA SUA PRIMEIRA VIAGEM, PARA TENTAR REVERTER A DESCONFIANÇA MUNDIAL COM A ECONOMIA DO BRASIL

O Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos, divulgou nesta quarta-feira os nomes dos participantes de sua edição de 2014, que ocorrerá entre 22 e 25 de janeiro. A presidente Dilma Rousseff, que já havia confirmado sua participação no final de dezembro, será acompanhada por uma comitiva significativa: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Outros dois participantes são os ministros de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Fora da comitiva, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB-MG), também comparecerá. Ao todo, haverá 36 brasileiros participando do Fórum. Trata-se da primeira vez que Dilma vai a Davos. Em 2011, recém-eleita, a presidente frustrou a organização do Fórum ao se negar a comparecer ao evento, mesmo sabendo que haveria um painel criado especialmente para que ela analisasse a situação brasileira. À época, Dilma acabou optando por comparecer ao Fórum Social Mundial, a antítese de Davos, que ocorria simultaneamente em Porto Alegre, situação que se repetiu em 2012. Em 2014, contudo, o cenário mudou, e a arrogância dela, que pretendia ensinar ao primeiro mundo, desenvolvido, como enfrentar a crise, baixou a crista. O Brasil, outrora visto como a estrela dos Brics, ao lado da China, patina não só para crescer, mas também para conter a inflação e controlar sua política fiscal. Não ajudou o relacionamento turvo mantido pela presidente com o setor privado e os investidores estrangeiros ao longo dos últimos três anos. Mudanças regulatórias importantes, como as dos setores elétrico e automotivo, criaram insegurança jurídica e espantaram capital estrangeiro num momento em que o País precisava de recursos para suas concessões de infraestrutura. A cereja do bolo foi a ameaça, cada vez mais contundente, de o País ter sua nota rebaixada graças às peripécias da equipe econômica, que lançou mão de inúmeras manobras contábeis para cumprir a meta de superávit primário, que é a economia do governo para pagar os juros da dívida. Desde a ameaça de rebaixamento da nota soberana do país, a postura da presidente mudou.

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