quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

TUMA JR. DENUNCIA QUE TARSO GENRO, EM PESSOA, COMANDOU A ELABORAÇÃO DO DOSSIÊ CONTRA RUTH CARDOSO, A MULHER DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

É na página 179 do seu livro "Assassinato de Reputação" que o delegado Romeu Tuma Júnior trata do Dossiê Ruth Cardoso: "O ministro Tarso Genro, da Justiça, tinha conversado com o ministro Jorge Hage, da CGU. Eles todos queriam trabalhar no laboratório anti-lavagem de dinheiro, os dados do escândalo de cartões corporativos do governo. Hage, Genro e Stopanovski desejavam minha autorização para fazer esse uso específico do laboratório. Eu disse que tudo bem, mas avisei que não toparia vazar nada para a imprensa, como queriam Tarso Genro e Jorge Hage para desmoralizar Fernando Henrique Cardoso e dona Ruth. O laboratório é cientificamente preciso. Se eu programar os computadores para verificar depósitos de R$ 1,00 feitos por mulheres, em São Paulo, às cinco da trarde, chega nos autores. Foi assim que descobrimos as mulheres que lavaram o dinheiro do PCC". Tuma Júnior, secretário nacional da Justiça do então ministro Tarso Genro, disse que demorou para descobrir que Tarso Genro usava o seu laboratório para fazer um dossiê contra a finada Ruth Cardoso, mulher do presidente Fernando Henrique Cardoso. Queriam fazer e fizeram, usando para isto gente da Controladoria Geral da União. No livro, o delegado conta que ouviu do próprio Tarso Genro a assertiva de que fazer dossiê não era crime, e que a Polícia Federal não iria investigar a autoria daquele dossiê contra dona Ruth Cardoso. No capítulo da página 179, Tuma Júnior conta toda a história: "Quero contar como o governo ia usar o meu sobrenome Tuma e a minha experiência de 35 anos para fazer dossiês contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso. Tentaram me usar para lavar um vazamento". Ele conta que o dossiê contra dona Ruth foi pedido em 2008 por Erenice Guerra, sucessora de Dilma Roussef na Casa Civil. O arquivo foi montado para municiar congressistas aliados do governo na CPI dos Cartões Corporativos, destinada a investigar gastos perdulários do governo Lula. Em julho de 2012, a Justiça Federal inocentou Erenice Guerra por falta de provas, mas Tuma Júnior jura que foi ela a responsável pelo crime. Na página 180 do livro, Tuma Júnior divulga extenso relatório, inédito, do que foi contrabandeado do laboratório Lab-LD.

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