quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PREOCUPADO COM PROTESTOS, GOVERNO DILMA PROMETE COPA DO MUNDO SEGURA

Não foi só a seleção brasileira que ganhou confiança com seu desempenho na Copa das Confederações. Para o comando da segurança do evento, o trabalho dos policiais e agentes privados foi testado de forma tão extrema no torneio – realizado em meio às maiores manifestações populares das últimas décadas – que não há motivo para temer o Mundial do ano que vem, ainda que o volume de pessoas envolvidas no evento seja muito maior na Copa. De acordo com os representantes do governo e do Comitê Organizador Local (COL), a promessa de protestos violentos no decorrer do evento preocupa, mas a experiência acumulada no último mês de junho permite às forças de segurança se preparar para 2014 de forma mais completa e eficaz. Um protocolo de ações para controlar as atividades violentas – incluindo um melhor trabalho de inteligência sobre a atuação dos black blocs –, está sendo preparado para os meses que antecedem a Copa do Mundo. A preocupação dos estrangeiros com o assunto tem ficado evidente em todos os eventos de preparação para o sorteio dos grupos, nesta sexta-feira, na Bahia. A possibilidade de repetição das manifestações violentas no ano que vem é tema frequente entre os convidados e jornalistas que vieram ao País por causa da cerimônia. “Estamos preocupados, mas as manifestações fazem parte da democracia e nós, das forças de segurança, estamos aqui para garantir esse direito”, disse Andrei Rodrigues, secretário-extraordinário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, nesta quarta-feira: “O foco é a prevenção da violência nas manifestações. Queremos colher dados e informações que nos permitam impedir esses atos violentos". O secretário classificou a Copa das Confederações como uma avaliação “muito intenso” para a segurança que cercava o evento. “Em um dos dias do torneio, havia mais de um milhão de pessoas nas ruas do país. E mesmo nesse cenário não tivemos comprometimento aos jogos, atraso nas partidas, impedimento de entrada e saída dos estádios, nenhum atleta ou time prejudicado. A segurança pública foi aprovada num teste extremado”, afirmou: “Mas isso não quer dizer que não seja preciso aperfeiçoar o planejamento e melhorar nossa capacidade operacional".

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