segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MICHEL TEMER TEM ATUADO NA DISPUTA DO PMDB DO RIO GRANDE DO SUL COMO UM TRATOR

Informa o jornalista Políbio Braga - Depois que soube da disposição do ex-prefeito José Ivo Sartori de se lançar candidato ao governo, o vice-presidente Michel Temer intensificou a campanha de aliciamento que faz acintosamente no PMDB do Rio Grande do Sul. Ele ampliou sua agenda de reuniões com líderes gaúchos em Brasília. Aos que relutam, o vice ameaça com o estatuto partidário. O jogo ficou mais pesado. O discurso é parecido com o do deputado federal Eliseu Padilha, que neste final de semana advertiu quem não quer Dilma: "Isto fere as disposições partidárias".  Paralelamente, um peão do tabuleiro de Eliseu Padilha, o prefeito de Gravataí, Marco Alba, lançou formalmente nesta segunda-feira ao meio dia a candidatura de Paulo Ziukolski ao Palácio Piratini. Alba, o único prefeito  do PMDB em município altamente representativo da Grande Porto Alegre, parece procurar uma terceira via, já que não se colocou de nenhum dos dois lados da disputa interna, no caso os que defendem apoio incondicional à candidata do PT, Dilma Roussef, e os que não querem nem ouvir falar em PT. O ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, finalmente admitiu sua candidatura ao governo estadual e autorizou a formação de um grupo de líderes que o apoiam a iniciar conversações para viabilizar seu nome dentro e fora do PMDB. Ele participou ativamente da reunião do diretório estadual nesta segunda-feira ao meio dia. Não existe nenhum outro candidato declarado ao cargo dentro do partido. A pressão sobre o ex-prefeito cresceu tremendamente nas últimas 72 horas, sobretudo depois do congresso municipal de sábado e do encontro do PMDB Mulher no domingo. Ele acabou cedendo depois que os deputados federais Osmar Terra, Darcisio Perondi e mais um terceiro, mais o senador Pedro Simon, o ex-prefeito José Fogaça, o deputado estadual Giovani Feltes e o ex-deputado Ibsen Pinheiro, resolveram chamá-lo para uma conversa no sábado de manhã, onde declararam apoio ao candidato. O nome de José Ivo Sartori praticamente não encontra resistências dentro do PMDB, mas existem restrições às condições impostas por ele para aceitar o encargo: ele não quer o apoio e nem apoiar o PT e Dilma Roussef. Acontece que o deputado federal Eliseu Padilha, o ex-ministro Mendes Filho, e alguns prefeitos, querem fechar com a candidatura de Dilma a qualquer preço. Da reunião do diretório saiu uma comissão de seis deputados para ouvir os demais setores partidários sobre as candidaturas ao governo e senado. Não há prazo para isto. Na quarta-feira, esta comissão terá reunião com a bancada estadual. O grupo de líderes partidários que quer lançar o nome do ex-prefeito José Ivo Sartori e ao mesmo tempo evitar apoio ao PT, indicou três nomes para encaminhar as articulações dentro e fora do PMDB. No caso, trata-se de José Fogaça, Ibsen Pinheiro e Giovani Feltes. Acontece que o grupo é muito maior e dele faz parte também o senador Pedro Simon. Esta semana, em função da materialização do apoio a Sartori sem Dilma, será procurado o PSB, porque é com ele que será tentada a aliança para 2014. Aécio Neves ficaria como segunda opção. O deputado José Stédile, PSB, já se coloca como candidato a vice-governador na chapa de Sartori. A movimentação de Sartori não é ignorada pelo deputado federal Eliseu Padilha, que não admite dissidências no Rio Grande do Sul, conforme enunciou na reunião do PMDB Mulher, domingo, em Porto Alegre.

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