domingo, 8 de dezembro de 2013

FGV DIZ QUE BRASIL SUBIRIA OITO POSIÇÕES NO PISA SE TIVESSE ALUNOS NA SÉRIE CORRETA

A evolução do Brasil nos últimos anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) se deve em grande parte à correção da distorção idade/série. A avaliação é do coordenador do Centro de Microeconomia Aplicada da FGV, André Portela, que defende melhoria nas condições de ensino para continuidade da evolução. De acordo com ele, caso não houvesse mais alunos fora da série correta, o Brasil poderia estar hoje com pontuação 439 em Matemática, na 51ª posição entre os 65 países avaliados. A análise leva em conta somente a pontuação dos alunos brasileiros do 2º do Ensino Médio, que estão na série correta para a idade e obtiveram a melhor pontuação entre os avaliados. Considerando todos os estudantes, a pontuação do Brasil em Matemática é de 391, na 59ª posição. Hoje, 37,1% dos estudantes que participaram do exame afirmaram ter repetido uma ou mais vezes. Em 2009, o índice chegava a 40,1%. A diminuição de alunos fora da série correta, de acordo com Portela, se deve a políticas públicas que inclui a entrada no ensino com 6 anos no 1º ano do Ensino Fundamental. “Aumentou o número de estudantes que começam na idade correta e isso tem a ver com o aumento de alunos na educação infantil, que hoje chega a 30%”, disse o coordenador. Portela ressalta, no entanto, que a evolução causada pela redução da distorção idade/série tem limite. “Agora, o País precisa melhorar sala de aula, produtividade e eficiência do que é aprendido e ensinado para continuar avançando significativamente”, considera. Para ele, outra parte representativa do aumento do aumento da nota se deve às melhorias das condições socioeconômicas e culturais das famílias dos estudantes. Outro fator que influencia no desempenho dos alunos é a escolaridade dos pais.

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