domingo, 29 de dezembro de 2013

EX-PREMIER LIBANÊS ACUSA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA HEZBOLLAH POR ATENTADO QUE MATOU EX-MINISTRO

O ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri acusou o grupo xiita terrorista Hezbollah de ser o responsável pelo atentado cometido na sexta-feira com um carro-bomba em Beirute que deixou cinco pessoas mortas, entre elas seu conselheiro e ex-ministro da Fazenda, Mohamad Chatah. Pelo menos 70 pessoas ficaram feridas. “Os que mataram Chatah são os mesmos que mataram Rafik Hariri”, disse o ex-primeiro-ministro, em referência aos cinco membros do Hezbollah acusados de matar seu pai em um atentado semelhante em 2005, que devem ser julgados à revelia nas próximas semanas por uma corte internacional. “Pelo que sabemos, os suspeitos são os mesmos que fogem da justiça internacional e se negam a comparecer em um tribunal internacional”, acrescentou Hariri, que acusou a organização terrorista xiita Hezbollah de “trazer os incêndios regionais” para o Líbano, em alusão ao papel da organização no conflito sírio. Pouco depois das declarações de Hariri, o Hezbollah soltou um comunicado em que se limitou a classificar o atentado como um "crime atroz" e pediu que os responsáveis sejam encontrados. No caso da morte de Rafik Hariri, em 2005, o grupo também emitiu comunicados semelhantes na ocasião e nos anos seguintes, mas investigações acabaram por mostrar o envolvimento de membros do Hezbollah no episódio. Mohammed Chatah era um crítico feroz do Hezbollah e do ditador sírio Bashar Assad, principal aliado do grupo terrorista e que tem feito uso de seus membros para combater os rebeldes que tentam derrubá-lo desde 2011. Ele também era economista, além de ter sido embaixador do Líbano nos Estados Unidos entre os anos 1997 e 2000. O comboio de Chatah foi atingido pelo carro-bomba às 9h40 local (5h40 no horário de Brasília) quando se dirigia para um encontro do grupo 14 de Março, uma organização de oposição a Assad. A reunião foi organizada por Saad Hariri. Logo após a explosão, o exército isolou a área da explosão para evitar que pessoas se aproximassem da cena, onde as ferragens retorcidas de vários carros ainda estavam queimando.

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