segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

AÇÕES DA PETROBRAS TÊM MAIOR QUEDA DESDE A CRISE DE 2008

A maior queda das ações da Petrobras em cinco anos levou o principal índice da bolsa de valores a iniciar dezembro com baixa de mais de 2%, diante da frustração do mercado com a falta de clareza sobre a nova metodologia de reajuste de preços de combustíveis. O Ibovespa caiu 2,36%, maior queda porcentual desde 30 de setembro, a 51.244 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,5 bilhões de reais. As ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 9,21%, a 17,36 reais, e as ordinárias recuaram 10,37%, a 16,42 reais. Desde novembro de 2008, logo após o início da crise financeira, com a quebra do banco Lehman Brothers, os papéis da estatal não tinham queda tão acentuada. A queda ocorre porque o mercado aguardava reajustes de 6% a 10% para o preço da gasolina, além da divulgação da tão aguardada nova fórmula de reajuste automático, que tem como objetivo dar alguma previsibilidade aos gastos da estatal com a oscilação do preço do petróleo. Como o reajuste foi de apenas 4% para a gasolina e 8% para o diesel, e nenhuma fórmula foi divulgada pelo Conselho de Administração da companhia, a reação do mercado à decisão da sexta-feira, 29 de novembro, pautou o movimento da BM&FBovespa neste primeiro pregão de dezembro. O desempenho das ações evidencia a decepção do mercado, sobretudo com a decisão do Conselho da estatal e, mais precisamente, da própria presidente Dilma Rousseff, de não autorizar a divulgação de detalhes sobre a nova metodologia de reajustes de combustíveis. Segundo analistas, a falta de clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado, num momento em que a empresa absorve forte defasagem dos preços domésticos na comparação com os internacionais. Na noite de sexta-feira, a estatal anunciou o reajuste de preços nas refinarias de 4% na gasolina e de 8% para o diesel, já como  consequência de uma nova política de preços.

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