quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VEREADOR PETISTA DE SÃO PAULO ENVOLVIDO COM MÁFIA DOS FISCAIS CHORA AO VOLTAR PARA A CÂMARA

Ex-homem forte da gestão Fernando Haddad (PT), o vereador Antonio Donato (PT) chorou na terça-feira em sua volta à Câmara e atacou as construtoras. Cerca de 150 militantes petistas ouviram o discurso do vereador. Donato deixou a Secretaria de Governo após o jornal Folha de S. Paulo mostrar que ele empregou em seu gabinete Eduardo Horle Barcellos, um dos quatro fiscais acusados de integrar a máfia do ISS (a quadrilha cobrava propina de empreiteiras para dar descontos no imposto). Depois, Barcellos prestou depoimento dizendo que pagava mesada de R$ 20 mil a Donato de 2011 a 2012. O petista afirma ser mentira. O vereador petista artista chorou após falar de seus antepassados: sua avó, uma índia, e seu avô, um camponês italiano. Sem citar nomes, chamou donos e presidentes de construtoras de "tubarões do mercado imobiliário" e os acusou de participação no esquema de sonegação de ISS em troca de propina. Também criticou a imprensa ao dizer que os nomes de empresas que supostamente pagam propina não são citados em reportagens. Donato confirma conhecer parte dos acusados no esquema. Como virou moda, o petista acusado de corrupção tentou envolver o PSDB na mesma lama. Ao falar sobre como o conheceu, o vereador disse que o fiscal o procurou em 2008, apresentando-se como "técnico apartidário" que poderia auxiliar na campanha da então candidata Marta Suplicy (PT): "Mais tarde, fiquei sabendo que o mesmo Ronilson chegou a se reunir, naquela eleição, com o então candidato a prefeito pelo PSDB, Geraldo Alckmin, para prestar informações semelhantes". A assessoria do governador afirmou que Ronilson "não participou nem prestou qualquer contribuição ou ajuda à campanha eleitoral de 2008 do então candidato a prefeito e atual governador". "Também não compõe a lista dos 451 participantes das discussões do programa de governo nem consta dos registros das pessoas recebidas pelo então candidato", diz.

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