quinta-feira, 7 de novembro de 2013

SUSPEITO DE AGREDIR CORONEL EM PROTESTO EM SÃO PAULO É SOLTO

Após negar três pedidos de habeas corpus, a Justiça de São Paulo concedeu nesta quinta-feira liberdade provisória para o estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, suspeito de agredir o coronel da PM Reynaldo Simões Rossi durante protesto convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), no último dia 25. Na decisão, o juiz Alberto Anderson Filho argumentou que manter Santos preso poderia causar um “constrangimento ilegal”, já que a “perfeita elucidação do caso” demandará tempo e o Ministério Público não ofereceu nenhuma denúncia contra ele. Santos estava detido há 13 dias no Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém. O juiz impôs uma série de condições para conceder a liberdade provisória, entre elas, a que proíbe o estudante de participar de manifestações, além de frequentar bares, casas noturnas, locais de reunião e aglomeração de pessoas, "exceto a faculdade que está cursando”. Ele também deve comparecer mensalmente em juízo “para informar e justificar suas atividades”. Este é o quarto pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do estudante – os outros três haviam sido negados pela Justiça. O estudante foi identificado por um policial militar infiltrado e indiciado por tentativa de homicídio e associação criminosa. Segundo a defesa, o jovem não pertence ao grupo dos black blocs e as filmagens comprovam a sua inocência. Os advogados contrataram os serviços do perito Ricardo Molina para mostrar que ele não participou do espancamento, embora no vídeo apareça próximo dos agressores. A agressão ao coronel foi filmada e divulgada na internet. As imagens mostram um grupo de mascarados desferindo chutes, socos e até golpes com pedaços de madeira e placas de metal contra o coronel. O único que aparece no vídeo com o rosto descoberto é Santos. Segundo a Polícia Militar, Rossi teve lesões na cabeça e foi encaminhado para o hospital. O protesto que defendia a tarifa zero terminou em ações de vandalismo e saques no terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, no centro de São Paulo. Na ocasião, 78 pessoas foram detidas e logo depois a maioria foi liberada.

Nenhum comentário: