terça-feira, 26 de novembro de 2013

MANTEGA DIZ QUE REAJUSTE DA GASOLINA NÃO SER FEITO DE IMPROVISO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a decisão sobre a fórmula de reajuste dos preços dos combustíveis não pode ser tomada "de improviso". Mantega, que é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse ainda que o modelo não pode ser inflacionário. "A fórmula do reajuste não pode ser de improviso. É algo que tem que ser muito cauteloso para que se tenha uma metodologia que não seja inflacionária, que não indexe a economia", afirmou o ministro a jornalistas. "Quando a fórmula ficar pronta, será apresentada. Será uma decisão da diretoria da Petrobras", disse. A diretoria da Petrobras aprovou e submeteu ao Conselho de Administração uma proposta de nova política de preços que prevê reajustes automáticos e periódicos dos combustíveis. Mas o governo resiste à idéia, temendo que se torne um peso extra à inflação. O conselho da Petrobras deve avaliar a proposta em sua próxima reunião, na sexta-feira. "Estamos amadurecendo uma modalidade — não vou dizer nem uma fórmula — para eventual reajuste do combustível. Isso não pode ser uma indexação. Estamos trabalhando no Brasil para desindexar, para reduzir a inflação e não podemos ter um mecanismo dessa natureza", afirmou Mantega. Questionado se haverá reajuste de preços dos combustíveis neste ano, o ministro não mudou a retórica: respondeu que essa é uma decisão da direção da Petrobras. A decisão de não reajustar preços, liderada pelo Ministério da Fazenda, fez a estatal perder 14,1 bilhões de reais no acumulado do ano até agosto, segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). O valor perdido seria suficiente para pagar duas vezes o bônus de Libra — e ainda sobrariam recursos.

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