terça-feira, 5 de novembro de 2013

GOVERNO CONSEGUE BARRAR CRIAÇÃO DA CPI DAS FEDERAÇÕES

O governo federal conseguiu nesta terça-feira enterrar a segunda tentativa neste ano de criação no Congresso de uma CPI que poderia investigar as obras da Copa do Mundo de 2014. Após forte atuação nos bastidores do governo federal e de cartolas de futebol, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que não seria criada a CPI das Federações por falta de apoios suficientes. A decisão gerou um bate-boca de senadores em plenário. O senador Mário Couto (PSDB-PA), autor do pedido de CPI, havia apresentado na semana passada 33 assinaturas para se abrir a apuração, seis a mais do que o mínimo necessário pelo regimento interno. O objetivo era investigar irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e nas federações estaduais de futebol, mas também previa a apuração de denúncias de mau uso de dinheiro público nas obras da Copa do Mundo. Pelas regras da Casa, os senadores tinham até a meia-noite desta terça-feira para retirar as assinaturas. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi ao Senado para atuar na retirada dos apoios. A incursão foi bem-sucedida: nove senadores deixaram de subscrever a CPI, o que inviabilizou a criação da comissão. Retiraram seus nomes os senadores tucanos Cícero Lucena (PB) e Cássio Cunha Lima (PB); dois senadores do Democratas, Wilder Morais (GO) e Maria do Carmo Alves (SE); três do PMDB, Lobão Filho (MA), João Alberto (MA) e Clésio Andrade (MG); além de Ivo Cassol (PP-RO) e Paulo Davim (PV-RN). Já se viu quanto vale a assinatura desses senhores.

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