sábado, 9 de novembro de 2013

EXAMES REVELAM QUE POETA COMUNISTA PABLO NERUDA NÃO FOI ENVENENADO PELA DITADURA CHILENA

A exumação e exames nos restos do corpo do poeta chileno comunista Pablo Neruda, ganhador do Prêmio Nobel, não mostraram evidências de que ele tenha sido envenenado, disse na sexta-feira uma equipe forense, apesar de acusações de que ele foi assassinado pela ditadura militar há 40 anos. Presume-se que Neruda, famoso por seus apaixonados poemas de amor e seu apoio ao comunismo, tenha morrido de câncer na próstata apenas alguns dias depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973 que resultou na brutal ditadura do general Augusto Pinochet. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas tenham sido mortas durante os 17 anos da ditadura. O ex-motorista do poeta disse que agentes de Pinochet se aproveitaram da doença de Neruda para injetar veneno em seu estômago enquanto ele estava internado na clínica de Santa Maria, em Santiago. "Não encontramos evidências forenses que nos permitam pensar que… o sr. Pablo Neruda morreu de causas não naturais", disse Patricio Bustos, o chefe da unidade forense SML, do Ministério da Justiça. A equipe disse ter feito tudo tecnicamente possível para determinar se ele havia sido envenenado. O corpo de Neruda foi exumado em abril e seus restos analisados por peritos locais e internacionais. O advogado Eduardo Contreras disse que alguns elementos toxicológicos ainda precisam ser analisados e pediu novas análises. Ricardo Eliecer Neftali Reyes Basoalto, mais conhecido por seu nome literário, Pablo Neruda, foi uma personalidade de grande importância na cena literária e política do Chile. Embora seja mais conhecido por sua coleção "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada", publicada em 1924, Neruda foi também um ativista político durante uma época turbulenta do Chile. Ele organizou uma viagem de navio para levar cerca de 2 mil refugiados da Guerra Civil Espanhola para o Chile, em 1939, e foi embaixador na França.

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