quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DILMA PRIVATIZA OUTRA RODOVIA FEDERAL, A BR163; A ESTRADA TERÁ PEDÁGIOS A CADA 100 QUILÔMETROS

A presidente petista Dilma Rousseff acelera privatizações de estradas, aeroportos, ferrovias e portos. Depois de Galeão e Confins, semana passada, nesta quarta-feira foi o caso da BR-163. A idéia é melhorar investimentos e gestão da infraestrutura material. Nada está previsto para o Rio Grande do Sul, cujo governo, também do PT, vai na mão inversa, reestatizando estradas privatizadas, mesmo sem ter dinheiro sequer para investir na manutenção e nos serviços.  Nesta fase do programa, além do trecho da BR-163, foi leiloado em setembro deste ano trecho da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais. Atualmente, 15 trechos de rodovias federais estão sob administração da iniciativa privada,  totalizando 5.239 km, o que corresponde a quase 10% das estradas federais do País.O programa do governo federal prevê o leilão de privatização de outros cinco trechos, com 4.500 km. O próximo será no dia 4 de dezembro da privatização da BR-060, no trecho entre a rodoviária Brasília-Goiânia, abrangendo trechos da BR-153 e da BR-262 em Goiás e Minas Gerais. A BR-163, uma das principais rodovias de transporte de soja no Mato Grosso, foi leiloada na manhã desta quarta-feira  na  sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). A empresa vencedora foi a Odebrecht. O grupo arrematou a concessão com a proposta de tarifa de pedágio de R$ 2,638 por 100 km, o que representa uma redução de 52% em relação ao teto estipulado pelo governo federal de R$ 5,50 para cada 100 km. Na primeira tentativa de leilão, ninguém quis participar porque a taxa de retorno (preços dos pedágios) era muito baixa. O governo elevou os valores para contentar as empresas privadas. O trecho concedido à iniciativa privada tem 850,9 km e fica na divisa com o Mato Grosso do Sul até o entroncamento com a MT-220, na cidade de Sinop. A parte da rodovia corta 19 municípios do Estado. Um total de sete grupos, sendo dois consórcios e cinco empresas isoladas, participaram do leilão. A Odebrecht terá direto de exploração da rodovia por 30 anos. Como contrapartida, terá de duplicar a estrada e ficará responsável pela infraestrutura, recuperação, conservação, manutenção, operação e implantação de melhorias. O pedágio só poderá ser cobrado depois que 10% de toda a obra prevista no contrato tenha sido executada. Estão previstas a instalação de nove praças de pedágio ao longo da via. A assinatura do contrato com a vencedora será no dia 20 de fevereiro de 2014, depois de esgotados todos os prazos de recursos.

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