quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CÂMARA ADIA, PELA SEGUNDA VEZ, ABERTURA DE PROCESSO PARA CASSAR O MENSALEIRO PETISTA JOSÉ GENOÍNO


José Genoino se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo


A Câmara dos Deputados adiou pela segunda vez a reunião para determinar a abertura do processo de perda de mandato do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que cumpre pena pela condenação no julgamento do mensalão. A reunião do comando da Casa estava agendada para esta quinta-feira, mas foi remarcada para a próxima terça. A manobra tem por objetivo acelerar a concessão da aposentadoria por invalidez do petista antes do início do processo de cassação. Nesta semana, assim que Genoino deixou o hospital e seguiu para a prisão domiciliar provisória na casa de sua filha, a Câmara enviou uma junta médica para avaliar seu estado de saúde e produzir um parecer paralelo ao que foi requisitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Inicialmente, o exame seria feito apenas em janeiro, prazo estipulado pelos próprios médicos que atendem os deputados. Mas, mesmo sem autorização do STF, os deputados anteciparam a visita. O laudo dos exames deve ser divulgado ainda nesta semana e não será confrontado com o parecer produzido por outra junta médica, a pedido do Supremo – que concluiu que o quadro de Genoino “não é grave” e não requer tratamento domiciliar. Oficialmente, o argumento dos deputados para empurrar a reunião da Mesa Diretora para a próxima semana é que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), quer a presença de todos os integrantes da cúpula, o que não seria possível no encontro desta quinta-feira. Na semana passada, aliados de Genoino já haviam postergado a decisão alegando que a documentação enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Casa sobre a prisão do parlamentar era inconsistente. Os problemas de saúde de Genoino também foram ressaltados. Na manhã desta quarta, antes de ser confirmado o adiamento do processo contra o mensaleiro, Alves negou qualquer tipo de manobra: “Não adianta qualquer tipo de manobra. Nem sei se há essa manobra, mas em algum momento vai ter essa decisão [abertura do processo de cassação]”.  

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