quinta-feira, 3 de outubro de 2013

SINDICATO DE CARTEL DO LIXO DIZ QUE BRASIL PRECISA INVESTIR R$ 6,7 BILHÕES PARA DAR FIM ADEQUADO A RESÍDUOS SÓLIDOS

O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o "sindicato" do cartel do lixo, que reúne as maiores empresas brasileiras que dominam o mercado e estabelecem as suas regras. O lixo é a maior fonte de corrupção existente na política brasileira. De acordo com a entidade, caso o País mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Ou seja, o Brasil vai continuar sendo a lixeira do mundo, como já é hoje. Cerca de 1.000 contêineres por dia, no mínimo, ingressam de maneira clandestina nos portos brasileiros. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no País. “Se não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do papel”, destacou o diretor. Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do PIB no setor de resíduos seria suficiente para as adequações necessárias.

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