quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RÚSSIA DIZ TER ENCONTRADO DROGAS EM NAVIO DO GREENPEACE

O Comitê Investigativo da Rússia disse nesta quarta-feira que drogas foram apreendidas dentro do navio usado pelos 30 ativistas do Greenpeace, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foram acusados de pirataria. As autoridades consideraram ilícita a posse de morfina e bulbos de ópio, usados na produção da própria morfina e de heroína. O Greenpeace, por sua vez, atesta que a embarcação seguia as normas de navegação, uma vez que as drogas teriam fim medicinal. “Só podemos pensar que as autoridades russas estão se referindo aos suprimentos médicos que o nosso navio era obrigado a carregar, conforme as leis marítimas”, disse a organização, por meio de um comunicado. As autoridades russas disseram, ainda, que equipamentos com finalidade suspeita também foram confiscados na operação desta quarta-feira. “Estes artefatos poderiam não ser usados apenas para causas ecológicas”, disse o Comitê Investigativo. De acordo com o Greenpeace, as novas acusações são “fabricadas”, uma vez que existe “uma rigorosa política sobre drogas recreativas nos navios do Greenpeace, e qualquer indício de que drogas que não possuem fins medicinais foram encontradas deve ser recebido de forma suspeita”. A organização também recorda que a embarcação passou pelo controle das autoridades norueguesas, que, mesmo com o uso de cães farejadores, não encontraram nada suspeito. Outra acusação que poderá recair sobre os ativistas detidos será a de por em risco a vida dos guardas-costeiros russos. Segundo o Comitê Investigativo, as autoridades determinarão quem foi o responsável por “deliberadamente lançar” a embarcação contra os oficiais. Em resposta, o Greenpeace divulgou um vídeo que desmente a denúncia, classificada pela organização de “fantasia”. O chefe do Greenpeace, Kumi Naidoo, enviou uma carta ao presidente russo Vladimir Putin para se oferecer como uma garantia pela liberação dos detidos, após o pagamento de uma fiança a ser estipulada.

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