domingo, 27 de outubro de 2013

RELATÓRIO AMBIENTALEIRO FAZ TERRORISMO, DIZENDO QUE MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM CAUSAR PERDAS R$ 7,4 BILHÕES PARA A AGRICULTURA

A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, divulgou na sexta-feira o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), na segunda parte do primeiro relatório nacional. De acordo com o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode chegar a R$ 7,4 bilhões em 2020 e R$ 14 bilhões em 2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%. "É uma preocupação em termos de impacto financeiro e para a questão de segurança. A idéia é que esses relatórios possam sinalizar aos tomadores de decisão a importância de agir agora. O custo da inação, de não fazer nada, vai ser maior do que se a gente começar a se prevenir", defendeu Andrea Santos, secretária executiva do painel. O estudo prevê que as mudanças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudique a agricultura principalmente em áreas secas, como o Nordeste, região em que a distribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório. Um resultado desse processo seria a intensificação da pobreza e a migração para áreas urbanas, impactando a infraestrutura. Culturas como as do milho, do arroz, da mandioca, do feijão e do algodão seriam prejudicadas. Outra ameaça à segurança alimentar prevista pelo relatório é a diminuição do potencial pesqueiro do Brasil, que pode chegar a até 10% nos próximos 40 anos. Andrea explica que, com o aumento da temperatura da água e a mudança na salinidade, espécies podem buscar regiões mais frias, afetando toda a costa nacional.

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