terça-feira, 15 de outubro de 2013

MINISTRO LUIZ FUX CONCEDE LIMINAR QUE SUSPENDE CORTE DE SALÁRIOS DE GREVISTAS DA EDUCAÇÃO NO RIO DE JANEIRO. ENTRA, ASSIM, NO CORDÃO DOS INSENSATOS, QUE CADA VEZ AUMENTA MAIS

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, acaba de conceder uma liminar que suspende o corte de ponto dos grevistas do Rio de Janeiro. Fux convocou ainda uma audiência de conciliação. Mais tarde escreverei sobre a onda populista que toma conta da Justiça e que alimenta, na prática, o vandalismo nas ruas. Com todo respeito ao ministro, trata-se de uma decisão insana. Parece brincadeira. O chamado não desconto dos dias parados transforma greve em decisão cartorial. Nem os chamados sindicalistas do ABC, cujo líder máximo foi Lula — e olhem aonde ele chegou —, reivindicavam tal despropósito. Ao contrário até: faziam-se fundos de greve e coleta de alimentos para entregar aos grevistas. Ora, quem decide parar decide também correr o risco. Em 2011, o governo decidiu descontar os dias parados dos grevistas dos Correios. A ministra Miriam Belchior repetiu, então, frase do próprio Lula, dita em 2007: “Greve não é férias. Quem toma a decisão de fazer greve sabe que pode ter de pagar por elas. O presidente Lula já dizia, greve não é férias”. Não para o ministro Fux. Sem, ao menos, uma “audiência de conciliação” — e notem que não se trata de uma divisão da Justiça do Trabalho, mas da corte suprema do Brasil —, fica preservado, então, o suposto direito de receber mesmo sem trabalhar. Por Reinaldo Azevedo

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