terça-feira, 8 de outubro de 2013

MILITANTE DO PSOL É INDICIADO POR FAZER DENÚNCIA FALSA NO RIO DE JANEIRO

O estudante Rodrigo Antônio D'Oliveira Graça, 19 anos, militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), foi indiciado nesta terça-feira por crime de denunciação caluniosa. Rodrigo procurou a polícia dizendo ser vítima de sequestro e receber ligações ameaçadoras de um homem, que ordenava que ele parasse de participar de protestos nas ruas. O delegado Flávio Barucke encaminhou o inquérito ao Ministério Público. O crime de denunciação caluniosa prevê pena de dois a oito anos de detenção. De acordo com a polícia, Rodrigo procurou a delegacia no dia 25 de julho e registrou que tinha sido vítima de um sequestro. Em depoimento, ele disse ter sido levado por quatro homens, em um carro de cor branca, quando caminhava pela rua Afonso Pena, na Tijuca. Em nota, a Polícia Civil informou o que o estudante relatou na delegacia: "Rodrigo afirmou que ficou 40 minutos em poder do grupo e narrou que os homens gritavam. 'Você que é o Rodrigo, né? Manifestante e militante do Psol, você tem que acabar com esse negócio de ir a manifestações, você e toda a sua corja. Você vai servir de exemplo para os caras que estão aí'", referindo-se, de acordo com o estudante, a outros manifestantes da legenda. O militante disse que foi libertado na rua Frei Caneca, no Centro. A Polícia Civil relatou que, um dia antes, 24 de julho, Rodrigo Graça esteve na delegacia para denunciar um crime de ameaça. Em depoimento, o estudante disse que "havia recebido ligações ameaçadores no telefone de casa e no celular, de um homem que ordenava que ele parasse de participar dos protestos". Para iniciar as investigações, o delegado Fabio Barucke recolheu imagens de câmeras de segurança dos locais onde Rodrigo disse ter sido sequestrado e depois liberado. Em nenhuma das imagens, no entanto, aparece o rapaz ou a suposta ação do grupo. Segundo o delegado, os investigadores refizeram o trajeto em busca de testemunhas e não encontraram nada. As imagens dos horários descritos por Rodrigo Graça foram solicitadas à Companhia de Engenharia do Tráfego do Rio, na tentativa de identificar os criminosos. Além disso, o delegado solicitou à Justiça a quebra de sigilo telefônico para obter os registros das chamadas de ameaças. O estudante reconheceu como de amigos e parentes todos os números que aparecem na conta.

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