quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MANTEGA REBATE CRÍTICAS E DIZ QUE FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL É INCOERENTE

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu nesta quinta-feira as críticas do FMI (Fundo Monetário Internacional) à política econômica brasileira. Mantega afirmou que o fundo é incoerente ao criticar os estímulos fiscais do governo à economia. Segundo o ministro, o FMI defendeu que os países adotassem medidas para reativar a economia após a eclosão, no final de 2008, da crise mundial que, segundo ele, se mantém até hoje. "Queria lembrar que quando essa crise estourou o FMI se uniu a nós no G20 para dizer que, para enfrentar esta crise, que não acabou até hoje, era preciso que os países dessem estímulos fiscais". Relatório do Fundo Monetário Internacional sobre o Brasil divulgado na quarta-feira afirma que o "excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a credibilidade do modelo fiscal de longo prazo" e reduz a expectativa de crescimento potencial. Ele observou que a maioria dos países deu estímulos fiscais em 2009 e que isso provocou uma recuperação da economia em 2010. No ano seguinte, ressaltou, houve novo esfriamento da atividade internacional e o Brasil manteve os estímulos, enquanto os europeus mudaram sua política e acabaram em recessão. "E o fundo monetário continuou reclamando, continuou dizendo "olha, os países avançados exageraram no ajuste fiscal, é preciso compatibilizar ajuste fiscal com alguns estímulos'. Então, me parece totalmente incoerente esse relatório com críticas ao Brasil", acrescentou. Para Mantega, a equipe técnica que escreveu o relatório sobre o Brasil não está afinado com a direção do FMI. Sem precisar quando, ele destacou que o economista-chefe do fundo, Olivier Blanchard, se manifestou positivamente em relação ao Brasil, elogiando a capacidade do País em resistir a problemas causados pela instabilidade mundial como flutuação do câmbio e fuga de capitais. Mantega disse também que a emissão de títulos soberanos feita na quarta-feira pelo Tesouro Nacional no mercado americano foi muito bem sucedida. Embora a União tenha captado US$ 3,2 bilhões, a demanda dos investidores chegou a US$ 10 bilhões, disse. "Isso mostra o grande interesse, a grande confiança que existe no Brasil, porque assim que a
gente oferece um título, um papel, você tem um grande afluxo de investidores estrangeiros", afirmou.

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