segunda-feira, 14 de outubro de 2013

GOVERNO DE SÃO PAULO QUER TRANSFERIR PRESOS DA CÚPULA DO PCC E INVESTIGAR POLICIAIS CORRUPTOS

O governador Geraldo Alckmin se reuniu nesta segunda-feira com a cúpula de segurança do Estado para definir ações diante das denúncias do Ministério Público do Estado de São Paulo envolvendo a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Alckmin anunciou a criação de uma equipe especial da corregedoria para investigar os casos de policiais ligados à facção e disse que apóia a remoção de detentos integrantes da organização para presídios do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O Ministério Público de São Paulo denunciou 175 pessoas por participação no grupo criminoso que age dentro e fora das penitenciárias do Estado. A denúncia, feita em 11 de setembro e divulgada na última sexta-feira, atribui aos acusados a prática de crime de formação de quadrilha armada para o tráfico de entorpecentes, crimes contra o patrimônio e contra a vida de agentes públicos, além da aquisição, posse e manutenção de armas de fogo. Os promotores pediram a prisão preventiva de todos os denunciados, mas a Justiça indeferiu a solicitação. O Ministério Público recorreu da decisão. Participaram da reunião no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, o comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck e o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Grella disse que recebe nesta terça-feira o conteúdo das investigações do Ministério Público de São Paulo para começar a tomar providências com relação aos policiais corruptos ligados à facção criminosa. O secretário informou não ter conhecimento sobre o número de policiais envolvidos com o crime, mas que, em 2013, foram mais de cem homens afastados por práticas ilegais, somando policiais civis e militares. Alckmin mostrou apoio do governo à transferência dos líderes do PCC para os presídios de segurança máxima, onde é praticado o temido RDD. "O governo tanto apóia que o pedido foi da Secretaria de Administração Penitenciária. Nós fizemos as penitenciárias para líderes de facção criminosa", declarou. Segundo Grella, existem 33 pedidos de transferências para o RDD. Ele disse que, no caso de o pedido ser negado pela Justiça, o Estado não cogita pedir transferência para presídios federais. O governador destacou outras medidas para combater as ações do PCC, como a criação de uma força tarefa, que executará ações de inteligência entre as policias.

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