terça-feira, 22 de outubro de 2013

ESPECIALISTAS DIZEM EM CPI QUE HÁ BAIXA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NO BRASIL

A CPI da Espionagem do Senado discutiu segurança da informação em audiência pública ocorrida nesta terça-feira . A CPI foi instalada depois das denúncias de espionagem de dados de empresas e de cidadãos brasileiros pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos. Para Sérgio Pagliusi, pós-doutor em segurança da informação e presidente da Cloud Security Alliance Brasil, em uma escala de 0 a 10, o Brasil está entre 3 e 4 no quesito segurança da informação. “Estamos começando a acordar para o problema. Nessa história de espionagem corporativa, temos muita lição a fazer. Falta consciência institucional e um longo aprendizado. A sociedade como um todo caiu em si e viu que é uma coisa que nos afeta”, disse Pagliusi. Para ele, devem ser estabelecidos canais de denúncia para esse tipo de situação. De acordo com Rafael Moreira, conselheiro do Comitê Gestor da Internet (CGI), o Brasil tem condições de desenvolver tecnologia própria para garantir a segurança dos dados do País, tanto do governo quanto da população. “Há uma massa de conhecimento dentro das universidades e em empresas inovadoras que podem contribuir propondo medidas para que possamos mudar a falta de segurança no longo prazo”, informou Moreira. O CGI é uma instância que tem a participação de diversos órgãos do governo e da sociedade civil, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação. Atualmente, há 87 empresas na área de segurança da informação e criptografia no Brasil. Segundo Rafael Moreira, o governo tem de usar o seu poder de compra de softwares e hardwares para estimular a área da segurança cibernética, de forma a fomentar essas empresas, a produção de conhecimento na área e a construção de uma cadeia de produção nacional.

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