quinta-feira, 3 de outubro de 2013

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL FINANCIA IMPLANTAÇÃO DO MAIOR ATERRO SANITÁRIO DA AMÉRICA DO SUL

A Caixa Econômica Federal firmou, no final de setembro, a contratação de financiamento para implantação da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Santa Rosa, maior aterro da América do Sul, localizado no município de Seropédica (RJ), que receberá os resíduos da região metropolitana do Rio de Janeiro. O contrato, no valor total de R$ 407,3 milhões, foi contratado com a empresa Saneamento e Energia Renovável do Brasil S/A (SERB). Esta é a primeira operação de financiamento em infraestrutura que considerou o crédito de carbono como garantia acessória da operação, estabelecendo um novo modelo de negócio de vinculação entre a redução da taxa de financiamento, mediante entrega de crédito de carbono gerado pelo empreendimento financiado (este mercado de carbono atualmente é praticamente inexistente). As Reduções Certificadas de Emissões (RCE), conhecidas como crédito de carbono, que serão geradas pela CTR Santa Rosa, foram consideradas como garantia acessória da operação de financiamento e a sua entrega, de acordo com o cronograma estabelecido, resultará em redução da taxa de financiamento. Segundo o diretor executivo de Saneamento e Infraestrutura da CAIXA, Rogério Tavares, o modelo de negócio, aplicado na operação de financiamento da CTR Santa Rosa, é inédito no País, e incorpora novos conceitos às soluções de financiamento, que envolvem a geração de resultados específicos, neste caso, créditos de carbono. “A operação consolida posição de vanguarda da Caixa Econômica Federal nesse tipo de operação, e abre novas oportunidades de negócios, além de se constituir em efetiva contribuição na oferta de soluções financeiras, voltadas a empreendimentos que promovam a redução de emissão de gases de efeito estufa e, consequentemente, promovam a mitigação dos efeitos negativos das mudanças climáticas, agenda de todas as nações, na atualidade”, analisa o diretor. A CTR Santa Rosa integra o Programa de Atividades de MDL, voltado ao segmento Resíduos Sólidos Urbanos (POA CAIXA), denominado “Caixa Econômica Federal Solid Waste Management and Carbon Finance Project”, para implementação de atividades de projetos de carbono em aterros sanitários, numa estratégia inovadora de médio a longo prazo, com potencial de alavancar grande volume de projetos de implantação de aterros sanitários e de MDL num único programa, sob coordenação da Caixa. Veja bem: por que esse aterro geraria créditos de carbono? Porque o empreendedor capturaria o gás metano originado da decomposição do lixo e promoveria a geração de energia elétrica. Então a Caixa Econômica Federal está, na verdade, financiando um carissimo projeto de geração de energia elétrica a partir do lixo. Com os mesmos 500 milhões de reais a Caixa Econômica Federal poderia financiar a instalação de uma usina limpa de queima do lixo e geração de energia elétrica, que não deixaria no meio ambiente esse monstrengo de aterro da Seropédica.

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