segunda-feira, 7 de outubro de 2013

BANCÁRIOS DE TODO PAÍS REJEITAM CONTRAPROPOSTA PATRONAL E MANTÉM GREVE

Bancários de todo o País rejeitaram nesta segunda-feira a contraproposta apresentada na sexta-feira pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram continuar em greve. A proposta da Fenaban, que elevou o reajuste de 6,1% para 7,1%, foi considerada “melhoria irrisória” pelo Comando Nacional dos Bancários, que orientou as federações e sindicatos a rejeitar o ganho salarial de 0,97%,  parcela acima da inflação de 6,1% acumulada nos últimos 12 meses. Os bancários pedem reajuste de 11,93% (aumento real de 5%) e valorização do piso salarial e dos vales refeição e alimentação, entre outros benefícios. No início da noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou nota destacando a participação “massiva” de trabalhadores nas assembléias que rejeitaram a proposta da Fenaban. Segundo os bancários, nesta segunda-feira 11.717 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados em todo o País. A greve completa 20 dias nesta terça-feira. Os bancários já vão para quase um mês de greve. Os bancários são necessários? Pelo que se viu nesta virada de mês, os banqueiros estão constatando que os bancos não precisam dos bancários. Sou testemunha. Fiquei na tarde desta segunda-feira por cerca de uma hora em uma fila, esperando o momento de ser admitido no salão dos caixas do amplíssimo hall térreo da sede central do Banrisul, em Porto Alegre. Depois, confortavelmente sentado, esperei não mais de 15 minutos para ser atendido em um caixa e pagar todas as minhas contas. O único desconforto é que a fila de entrada não respeitava os privilégios de velhos, mulheres grávidas e com crianças no colo, e deficientes. De resto, tudo funcionou às mil maravilhas. Ou seja, tirei o dinheiro de outro banco, onde sou correntista, e fui pagar minhas contas com dinheiro no caixa do Banrisul. Ou seja, os banqueiros viram passar o momento de maior estresse de suas instituições. E agora há uma certeza no ar: esses bancários que promover essa longuíssima greve estão dando um tiro no pé. Estão se liquidando. Após o final da greve, os banqueiros deverão promover uma grande onda de demissões, porque constataram que os bancários estão sobrando dentro de seus bancos. Mais máquinas entrarão no lugar deles.

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