segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SÍRIA ANUNCIA QUE ACEITA CONTROLE INTERNACIONAL DE ARMAS QUÍMICAS. E AGORA, OBAMA?

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al Muallim, anunciou nesta segunda-feira que seu governo aceita os termos propostos pela Rússia de submeter as armas químicas a um controle internacional. A idéia foi elogiada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, indicando que uma coalizão internacional dificilmente será aprovada pelo Conselho de Segurança. A atitude do governo sírio tem o objetivo de evitar uma intervenção militar e de reforçar as alegações de que foram os rebeldes que usaram armas químicas. Ban Ki-moon disse que uma das alternativas que deve sugerir ao Conselho de Segurança seria levar o arsenal químico da Síria para um local seguro, onde poderia ser destruído. Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou para as possíveis conseqüências de um ataque militar contra a Síria, já que a rede terrorista Al-Qaeda faz parte dos contrários ao regime de Assad. Segundo Lavrov, isso poderia “levar a uma explosão de terrorismo no país e nas nações vizinhas”. O correspondente do jornal italiano La Stampa, Domenico Quirico, que foi seqüestrado na Síria, disse que ouviu seus captores afirmando que o ataque com gás em Damasco foi promovido pelos rebeldes para incentivar uma intervenção militar que derrubaria o ditador Bashar al-Assad. Quirico ficou em cativeiro por cinco meses, mas fez questão de reiterar que é impossível afirmar que Assad não utilizou armas químicas. “É uma loucura dizer que eu sei que não foi Assad o que utilizou o gás”, afirmou o jornalista. Quirico disse que ouviu uma conversa em inglês entre três pessoas que se falavam pelo Skype, mas não conseguiu identificar nenhum dos participantes, apesar de um deles se intitular general do Exército Livre Sírio.

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