terça-feira, 3 de setembro de 2013

SENADO INSTALA CPI DA ESPIONAGEM, AGORA O ANTI-AMERICANISMO GANHA DIMENSÃO OFICIAL

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) acredita que a CPI da Espionagem, que investigará denúncias de monitoramento de e-mails e telefonemas pelos Estados Unidos no Brasil, deve iniciar os trabalhos pela análise de documentos repassados ao jornalista Glenn Greenwald pelo espião e traidor Edward Snowden, que prestou serviços à NSA, agência de segurança norte-americana. Autora do requerimento para criação da CPI, ela também considera necessário um contato direto com o traidor Snowden, que está asilado na Rússia. Durante a instalação da Comissão, na tarde desta terça-feira, a senadora comunista e anti-americanista foi eleita presidente, ficando o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) com a relatoria. Ao lembrar que a Comissão de Relações Exteriores já tratou do tema em audiências públicas com o ministro das Comunicações, o petista Paulo Bernardo, com representantes da Google, Facebook e Microsoft, e com o ativista anti-americanista e jornalista Glen Greenwald, a senadora disse que a comissão de inquérito deve priorizar inicialmente a análise das interceptações. "Queremos trabalhar muito próximo ao jornalista Glenn, na análise da documentação. Ter um encontro com Snowden também é fundamental. O que precisamos é de mais dados, para depois continuarmos ouvindo essas pessoas. O principal agora é irmos atrás de documentação que nos dê condições de desenvolver a investigação", disse a senadora comunista. Na opinião da comunista Vanessa Grazziotin, não há mais dúvida de que houve espionagem, devendo a CPI buscar a dimensão do fato, o modo como interceptações foram feitas, a identificação das pessoas ou empresas que colaboraram no processo e a compreensão sobre as implicações dos grampos em decisões políticas, comerciais e industriais. "Precisamos ampliar o leque do conhecimento sobre o fato, entender seu modus operandi e analisar a situação de defesa do Estado, do País, da sua população e das suas empresas", disse. Questionada sobre possíveis consequências caso fique comprovado que empresas de telecomunicações ou prestadoras de acesso à internet fizeram o repasse de informações aos Estados Unidos, a comunista Vanessa Grazziontin não quis se adiantar, mas afirmou que qualquer empresa que pratique ato ilícito deve ser enquadrada conforme a legislação brasileira. Ela ressaltou que um dos objetivos da CPI da Espionagem deverá ser a apresentação de sugestões para aumentar a segurança da comunicação eletrônica e telefônica no Brasil. A senadora disse acreditar que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, deve ser convidado a falar à CPI, mesmo tendo recusado convite para participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores. É óbvio que já começa mal a comunista, porque não há como chamar para depor o representante de uma outra nação soberana. Portanto, ela começa fazendo propaganda anti-americanista rastaquera. Durante a primeira reunião da CPI da Espionagem, nesta terça-feira, foi aprovado requerimento solicitando proteção da Polícia Federal para o jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o brasileiro Davi Miranda. Greenwald falou à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no início de agosto. Ele foi o responsável por expor programas secretos dos Estados Unidos com base em dados vazados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Americana (NSA), o traidor Edward Snowden. Segundo o jornalista, documentos em análise, que podem ser divulgados a qualquer momento, trazem informações estratégicas sobre a política e o comércio do Brasil. Marido de Greenwald, Davi Miranda foi recentemente detido no Aeroporto de Heathrow, na Inglaterra, quando funcionava como pombo correio de Greenwald, ao ir buscar documentos na Alemanha. Também foi aprovado requerimento solicitando à Polícia Federal a disponibilização de assessores do órgão para auxiliar os trabalhos da CPI. A presidente da comissão comunicou que os integrantes da CPI terão em breve reunião com o ministro da Justiça, o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo. Os Ministérios das Comunicações e da Defesa, além da Procuradoria-Geral da República e da Agência Brasileira de Inteligência, também serão contatados pela CPI.

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