segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MANTEGA NÃO CONFIRMA REAJUSTE DE 5% DA GASOLINA EM 2013

Questionado por jornalistas sobre a decisão do governo de reajustar a gasolina, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, desconversou e não quis dar detalhes sobre quando virá o aumento. O ministro tampouco quis comentar a informação divulgada pelo Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação desta segunda-feira, estimando um aumento de 5% para o preço da gasolina até o final do ano. "Não mudou nada o método de correção do preço da gasolina. O reajuste é feito todos os anos com base em critérios adotados pela diretoria da Petrobras", disse o ministro. Segundo o relatório do Banco Central, como a alta do combustível no ano já soma 2,15%, há ainda espaço para aumento de 2,85 pontos porcentuais. Mantega falou durante o Exame Fórum, evento organizado pela revista EXAME, do grupo Abril, o mesmo que publica VEJA. Ainda sobre a Petrobras, o ministro disse que a produção da petroleira deve se recuperar em breve, devido ao fim de um período de parada para manutenção. Segundo ele, essas pausas prejudicaram a produção e tiveram impacto negativo na balança comercial brasileira. "Não nos enganemos com o resultado da balança comercial, que está sendo poluído pelos dados da conta petróleo. É um problema específico, com queda de produção. Isso é circunstancial". Mantega acredita que até 2020 a petroleira deve dobrar a média diária de produção, dos atuais 2 milhões de barris por dia, para 4 milhões de barris diários. Mantega afirmou ainda que a redução de custos citada por ele na palestra, como forma de aumentar a competitividade de empresas brasileiras, nada tem a ver com o reajuste de combustíveis: "Reduzir custos não é subir preços de combustíveis, mas a redução de energia, tributária, é importante para aumentar o comércio externo". Indagado se a alta dos combustíveis teria sido discutida na recente reunião do conselho da Petrobras, o ministro desconversou: "Não podemos dizer o que discutimos nas reuniões do Conselho da Petrobras". Mantega também voltou a reforçar a importância das concessões para o crescimento econômico. Segundo o ministro, "as coisas já estão acontecendo" ao se referir ao calendário de concessões. Ele destacou o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos e disse que "os três estão indo muito bem". Mantega disse que estão previstos mais quatro leilões de rodovias para este ano, dois de ferrovias, o leilão de Libra e dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte. Ele voltou a afirmar o discurso adotado pelo governo de que foram criadas medidas para "garantir" a atratividade ao investidor e a concorrência do processo licitatório. Sobre o evento realizado na última semana com investidores do Goldman Sachs, em Nova York, Mantega disse que que há "apetite pelo Brasil". "Os investidores externos estão interessados em vir para o País, mesmo porque o mundo continua complicado", disse em referência à crise internacional. Sobre o Leilão de Libra, o ministro se mostrou entusiasmado e afirmou que "grandes petroleiras mostraram interesse", esquivando-se do fato de quatro gigantes não terem se inscrito no edital do leilão de Libra: BP, BG, Exxon e Chevron.  Mantega disse que Libra vai garantir 275 bilhões de reais de investimentos ao longo de 30 anos.

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