sexta-feira, 6 de setembro de 2013

FISCAIS FEDERAIS AGROPECUÁRIOS DECIDEM NA PRÓXIMA SEMANA SE ENTRAM EM GREVE

Um grupo de 30 fiscais federais agropecuários promoveram nesta sexta-feira um ato em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para pedir mais recursos para as atividades, o fim das indicações políticas para os cargos técnicos e concurso público para contratação imediata de mais funcionários. Durante o protesto, os fiscais distribuíram laranjas à população. Na próxima semana, a categoria deve decidir, em assemblÉia, se entrará em greve. Foi a segunda manifestação da categoria. No último dia 29, os fiscais distribuíram bananas na Praça Osvaldo Cruz. Os profissionais – das áreas de agronomia, veterinária, química, bioquímica e zootecnia – são responsáveis pela fiscalização de todos os produtos que entram e saem do País pelos portos, aeroportos e pela inspeção de produtos nas indústrias e frigoríficos, sementes e mudas. “Isso tudo está sendo relegado ao segundo plano porque nós não temos recursos. O contingenciamento feito pelo Ministério da Agricultura cerceou as fiscalizações. Estamos aguardando a liberação para fazer as fiscalizações que já estão previstas no ano”, disse o delegado sindical de São Paulo, Ulysses Thuller, do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários. De acordo com Thuller, há mais de sete anos não são feitos concursos, e nesse período, pelo menos 700 funcionários se aposentaram, sem reposição. No Brasil, calcula-se a atuação de 3.500 fiscais, e no Estado de São Paulo, 500. “Isso acarreta um prejuízo para a população que é consumidora dos produtos que não são fiscalizados. Nossas diárias também são reduzidas e assim não temos condições de nos deslocar para fazer o nosso trabalho. A fiscalização está muito restrita, aquém do que deveria estar ocorrendo”. Thuller destacou ainda que alguns funcionários concursados demonstraram intenção de colocar o cargo à disposição por discordar da conduta do ministério: “Muitos de nós, mais novos na função, vamos passar mais 25 anos no ministério, então temos que zelar pelo trabalho feito e pela saúde e pela segurança alimentar do que vai na mesa do brasileiro”.

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