domingo, 22 de setembro de 2013

BRASILEIRA DETIDA EM AÇÃO DO GREENPEACE NA RÚSSIA

Um grupo de militantes do Greenpeace, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, foi detido na sexta-feira pelas autoridades russas, que pretendem processar a equipe da ONG ambientalista por "pirataria". Comandos armados de fuzis de assalto desceram de um helicóptero no navio do Greenpeace "Arctic Sunrise" e trancaram os 29 militantes, de diferentes nacionalidades. Segundo a ONG, a bordo estavam ativistas de Rússia, Finlândia, Holanda, Suíça e a bióloga Ana Paula Maciel, entre outros. Na sexta-feira pela manhã, a embarcação foi rebocada para o porto russo de Murmansk, revelou o Greenpeace em sua conta no Twitter. O deslocamento levará pelo menos três dias. O Greenpeace garante que o navio, de bandeira holandesa, estava em águas internacionais, na parte sudeste do Mar de Barents, no norte da Noruega e oeste da Rússia, às vezes chamado de Mar de Pechora. Na quarta-feira, dois militantes do Greenpeace, o finlandês Sini Saarela e suíço Marco Polo, escalaram a plataforma russa "Prirazlomna¯a", o que provocou a reação das forças especiais, que deram tiros de alerta e furaram seus botes infláveis com facadas. Os dois militantes foram detidos, mas soltos depois de passar algumas horas a bordo de um navio da Guarda Costeira, e puderam voltar para a equipe do "Arctic Sunrise". As autoridades russas informaram que "o Comitê de Investigação recebeu da Guarda Costeira da FSB elementos sobre o incidente do 18 de setembro, e a tentativa de abordagem na plataforma 'Prirazlomna¯a' por um grupo de indivíduos aparentemente ligados à organização ecológica Greenpeace". "O serviço da Guarda Costeira da FSB considera que, nesse incidente, há indícios de crime de acordo com o artigo 227 do Código Penal", acrescentou a Comissão, referindo-se à pirataria, que é passível de 15 anos de prisão na Rússia. Já um dirigente do Greenpeace na Rússia, Roman Dolgov, que está na embarcação, afirmou que os integrantes da organização correm o risco de ser acusados de "terrorismo e de investigações ilegais". O Greenpeace enviou o "Arctic Sunrise" ao Ártico russo para protestar contra os projetos de exploração de campos de gás e de petróleo da gigante russa do setor, a Gazprom, nessa região. A Gazprom pretende lançar a produção na plataforma "Prirazlomna¯a" no primeiro trimestre de 2014.

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