quinta-feira, 19 de setembro de 2013

BANDARRA TESTEMUNHOU O QUE POLÍCIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL APREENDERAM NA CASA DE MARCELO TOLEDO, COMO ELE, RÉU NA OPERAÇÃO PANDORA

Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão contra o agente Marcelo Toledo, da Polícia Civil de Brasília, na manhã desta quinta-feira, o ex-procurador geral do Ministério Público do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, atuou como “testemunha” de tudo o que foi recolhido na residência do acusado. O problema é que Bandarra e Toledo são réus em um mesmo processo, resultante da Operação Caixa de Pandora, após a delação de Durval Barbosa, operador do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Segundo fonte policial, Leonardo Bandarra passava “casualmente” na frente da casa de Marcelo Toledo, vestido para fazer caminhada ou corrida, quando foi solicitado, inclusive pelos promotores presentes, colegas que já foram inclusive seus subordinados, a atuar como testemunha da prisão e de tudo que seria apreendido durante a busca. Desse modo, um importante réu no processo da Caixa de Pandora teve o privilégio de checar o que foi apreendido. Quando foi introduzido da residência-alvo da operação, o agente Marcelo Toledo, já com voz de prisão, saudou Bandarra de forma amistosa: “Olá, vizinho, você por arqui?” De fato, Leonardo Bandarra reside nas proximidades. Como réu em um outro processso ao lado de Toledo, Bandarra deveria ter sido descartado imediatamente como testemunha. E não se pode alegar que ele não foi reconhecido porque, para servir de testemunha, precisa ser adequadamente identificado. É um caso títpico do Ministério Público brasileiro.

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