domingo, 4 de agosto de 2013

ULAN DESTACA IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO ESTATAL

A União Latino-Americana de Agências de Notícias (Ulan), entidade bolivariana, divulgou na sexta-feira informe que ressalta a importância da comunicação pública e da "democratização da mídia" (leia-se, introdução da censura no continente). O documento destaca também as conquistas políticas e econômicas que têm contribuído para o desenvolvimento da América Latina. No informe, a Ulan cita como conquista a Lei Orgânica de Comunicação do Equador, que redistribui o total das licenças midiáticas no país. A lei entrou em vigor no mês passado, depois de aprovada no Parlamento e ratificada pelo presidente Rafael Correa. No Equador, mais de 90% das frequências de radiodifusão estão com a iniciativa privada. A lei estabelece que 34% das frequências sejam destinadas a meios comunitários, 33% a meios públicos e 33% a meios privados. Ou seja, a imprensa livre, da "iniciativa privada", sem vínculos com o Estado, é a imensa minoria, diante da imprensa estatizada, direta ou indiretamente. É o paraíso dos fascistas. O documento diz que a lei equatoriana, somada à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, conhecida como Lei de Meios, da Argentina – que estabelece a "democratização do espectro audiovisual" – deve servir de exemplo aos demais países da região. A Ulan destaca ainda a importância do portal de notícias que será lançado conjuntamente pelas agências, com o nome de Agencias de Noticias del Sur (Ansur). É a agência bolivariana. O portal reunirá a produção das agências que participam da Ulan. “Não devemos nos acostumar a que os países da América Latina continuam informando-se por agências de notícias de outras regiões”, diz o informe. Questões políticas, como a eleição de Horacio Cartes para a Presidência do Paraguai, após a deposição de Fernando Lugo, também foram abordadas pela Ulan, que a considerou um fato positivo. A instituição também homenageou o "presidente" (ditador) venezuelano Hugo Chavez, que morreu em março, destacando seu papel na promoção da solidariedade entre os latino-americanos e de organismos internacionais como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Os representantes das dez agências públicas que integram a Ulan reuniram-se em Brasília, na quarta reunião do Conselho Executivo da entidade, no Espaço Cultural da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A Ulan surgiu em 2010, quando representantes das agências de notícias públicas da América Latina, todos bolivarianos, reuniram-se em Buenos Aires para construir um bloco regional de produção informativa. No encontro, representantes de agências de nove países, incluindo a agência brasileira, assinaram carta que deu origem ao grupo de trabalho responsável pela estruturação do organismo. A Ulan foi criada oficialmente nos dias 2 e 3 de junho de 2011, em reunião na cidade de Caracas. Fazem parte da Ulan: Agência Brasil, da EBC; Agência de Notícias da República Argentina (Telam); Agência Boliviana de Informação (ABI); Prensa Latina, de Cuba; Agência Pública de Notícias de Equador (Andes); Agência Guatemalteca de Notícias (AGN); da Agência de Notícias do Estado Mexicano (Notimex); Agência de Informação Pública do Paraguai (IPParaguay); Agência Venezuelana de Notícias (AVN); e Agência Peruana de Notícias (Andina). Ou seja, só bolivariano.

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