domingo, 4 de agosto de 2013

SINDICATO PEDE CASSAÇÃO DA CONCESSÃO DA REDE TV!

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo pediu a cassação da concessão pública da RedeTV! em carta enviada à presidente Dilma Rousseff e aos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em 25 de julho. A entidade acusa a emissora de desrespeitar uma série de leis trabalhistas e prejudicar seus funcionários. Entre os direitos suprimidos, segundo o sindicato, estão a falta de repasse dos valores do INSS aos cofres da Previdência Social, o não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de seus empregados, a falta de pagamento por rescisão de contrato a funcionários demitidos e a apropriação dos valores descontados em folha de pagamento que deveriam ser repassados à entidade sindical. Segundo Edson Amaral, diretor de formação do Sindicato, a gota d'água foi a ida dos donos do canal, Amilcare Dallevo e Marcello de Carvalho, a Brasília para solicitar ajuda financeira do BNDES. Ele ainda ressalta que existem centenas de processos movidos na justiça por trabalhadores que foram mandados embora pela empresa. Por meio de nota oficial, a Rede TV! nega as acusações: “A RedeTV! está absolutamente em dia com suas obrigações trabalhistas. O que ocorre é que a emissora já venceu uma batalha de dez anos em que foi julgada, em última instância, não sucessora das dívidas da TV Manchete.”  A RedeTV! é alvo de especulações sobre sua saúde financeira desde a saída dos humoristas do Pânico, em fevereiro do ano passado, que atribuíram a troca da emissora pela Band aos constantes atrasos nos salários. A apresentadora Hebe Camargo também tornou pública a insatisfação com os atrasos no pagamento poucos meses antes de rescindir contrato com a emissora e preparar sua volta ao SBT. Hebe morreu antes de voltar a apresentar seu programa no canal de Silvio Santos, mas de pazes feitas com o amigo. O humorista Rafinha Bastos foi contratado para abafar a crise, mas ele comunicou sua saída menos de um ano após ser anunciado como produtor-executivo da versão brasileira do humorístico americano Saturday Night Live, um fiasco.

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