quinta-feira, 1 de agosto de 2013

PRESIDENTE DO PMDB FALA EM "NAVE DESGOVERNADA"

Na volta dos trabalhos legislativos nesta quinta-feira, senadores do PMDB utilizaram a tribuna para criticar o governo da soberana bolivariana petista Dilma Rousseff. Peemedebistas acusaram o Planalto de não ouvir seu principal aliado e cobraram uma postura mais “dura” do partido. O presidente da legenda, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), disse que o relacionamento do Planalto com seus aliados "merece cuidado" diante do "esfacelamento" da aliança com os governistas, especialmente na Câmara. “Eu nunca tinha visto uma base tão fragmentada. A nave está um pouco desgovernada", afirmou. Raupp defendeu a redução no número de ministérios como forma de solucionar a “crise” de legitimidade política do País. “Impõe-se a revisão da enorme quantidade de ministérios no nosso país, criados sem outra finalidade que não seja a de contemplar os acordos costurados sob a égide do chamado presidencialismo de coalizão”, afirmou. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que o PMDB se tornou um "partido auxiliar" do governo e não é mais "ouvido para nada". "Já estávamos afastados na condução da política econômica. Nunca fomos ouvidos, agora somos também menosprezados como parceiros políticos quando o País enfrenta uma de suas crises mais graves”, disse. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse que o PMDB deveria renunciar aos cargos que ocupa no governo para permitir a redução nos ministérios. “Deveríamos dar o exemplo, o primeiro passo, colocar à disposição da presidente da República os espaços que o PMDB ocupa no governo para que a presidente tivesse liberdade de fazer as suas escolhas e de ter autonomia. A nossa aliança não pode se dar por interesses secundários”, ressaltou. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que o dialogo com o Planalto será "essencial" para a retomada das votações no Congresso. O líder, que retorna a Brasília na semana que vem, afirmou que atua como "bombeiro" na bancada peemedebista, mas não vai se posicionar contra os colegas de partido, mesmo que isso signifique ficar contra o governo. "Tenho que ver as angústias de cada um. Eles (governo) não precisam do PMDB? Acho que precisam. Quem tem comando no PT sabe que precisa do PMDB. Mas a democracia é livre e o PMDB está atento a essas coisas”, avisou.

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