sábado, 31 de agosto de 2013

OBAMA ENVIA AO CONGRESSO AMERICANO O PEDIDO FORMAL DE AUTORIZAÇÃO PARA ATACAR A SÍRIA

A Casa Branca enviou ao Congresso dos Estados Unidos neste sábado um projeto de resolução para autorizar o uso da força contra a Síria, depois que o presidente Barack Obama anunciou que vai buscar o apoio do Legislativo para realizar uma intervenção militar no país árabe. O projeto de resolução, elaborado por funcionários da Casa Branca, não estabelece um prazo para essa ação militar. O documento, dirigido aos presidentes da Câmara dos Representantes e do Senado, estabelece que o "objetivo" do uso da força militar dos Estados Unidos contra a Síria é evitar o uso no futuro de "armas de destruição em massa" nesse país. Além disso, solicita uma autorização para que Obama use a força da forma que considerar "necessária" e "apropriada", em relação ao uso de armas químicas e outros tipos de armamentos de destruição em massa no conflito sírio. Obama anunciou também sua decisão de atacar a Síria em represália ao uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad, algo que considerou como provado, mas esclareceu que buscará a autorização do Congresso, o que afasta a perspectiva de uma ação iminente. De acordo com funcionários da Casa Branca, Obama tinha decidido em princípio realizar a ação militar sem a autorização do Congresso, mas na última hora, na noite da sexta-feira, mudou de opinião após longas discussões com sua equipe de segurança nacional. "Estamos preparados para atacar quando decidirmos", advertiu Obama, que considera que está comprovado que o regime do presidente Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas do dia 21 de agosto na periferia de Damasco e quer puni-lo por essa ação. O presidente disse estar disposto a dar a "ordem" de ataque e afirmou que a operação militar pode acontecer assim que quiser, pois as Forças Armadas estão preparadas. Mas também declarou: "tenho consciência que sou o presidente da democracia constitucional mais antiga do mundo. Apesar de acreditar que tenho a autoridade para realizar esta ação militar sem uma autorização específica do Congresso, sei que o país será mais forte se tomarmos essa medida e nossas ações serão, inclusive, mais eficazes". O Congresso está em recesso para as férias de verão e a volta aos trabalhos está prevista para o dia 9 de setembro. Obama está se comportando da mesma forma como George Bush, que dizia ter provas irrefutáveis que Saddam Hussein, no Iraque, tinha arsenais com capacidade de destruição em grande escala. Era uma mentira grosseira, como ficou provado. E agora Obama de novo usa uma mentira grosseira, para decidir pelo ataque à Síria. Não há prova alguma de que o regime do ditador Bashar Al Assad tenha usado armas químicas contra a população de Damasco. Não há uma só prova disso. O mais provável é que essas armas químicas tenham sido usadas pelos grupos terroristas insurgentes. É bem possível que tenham obtido armas químicas dos arsenais da Líbia, após a desmontagem do governo do ex-ditados Kadhafi. Derrubar o ditador Bashar Al Assad pode ser fácil. Difícil será suportar um futuro governo sírio controlado por grupelhos jihadistas islâmicos, terroristas, ligados a Al Qaeda. E isso se a Síria conseguir se manter futuramente como um estado nacional e com um território íntegro. Obama, com uma ação militar na Síria, estará decididamente jogando a favor do terrorismo muçulmano.

Nenhum comentário: