quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O QUE A SIEMENS VAI GANHAR DO PT PARA JOGAR LAMA EM CIMA DO PSDB? O TREM-BALA? ALGUMAS USINAS? QUAL A JOGADA DOS ALEMÃES?

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Hoje, uma acusação sem provas, feita por um dos criminosos da Siemens por e-mail, revela um fato que não ocorreu, para tentar jogar lama em cima de José Serra (PSDB-SP). É óbvio que o e-mail desta bandido é um ato de desespero para dar satisfações à matriz em função de uma proposta derrotada. Os fatos aludidos pelos alcaguetes da Siemens não ocorreram. No entanto, a Folha de São Paulo explode uma manchete safada para atingir o tucano. Observem que quem venceu a concorrência foi a CAF espanhola, mas quem tinha acordo eram as duas perdedoras, a Siemens e a Allstom. Isto apenas atesta que a denúncia é uma tentativa sórdida da Siemens de pagar alguma promessa por alguma obra passada ou futura. O que a Siemens vai ganhar do PT por isso?
Abaixo a matéria.
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) sugeriu à multinacional alemã Siemens um acordo em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação da CPTM, de acordo com um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época. A mensagem relata uma conversa que um diretor da Siemens, Nelson Branco Marchetti, diz ter mantido com Serra e seu secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, durante congresso do setor ferroviário em Amsterdã, na Holanda. Na época, a Siemens disputava com a espanhola CAF uma licitação milionária aberta pela CPTM para aquisição de 40 novos trens, e ameaçava questionar na Justiça o resultado da concorrência se não saísse vitoriosa. A Siemens apresentou a segunda melhor proposta da licitação, mas esperava ficar com o contrato se conseguisse desqualificar a rival espanhola, que apresentara a proposta com preço mais baixo. De acordo com a mensagem do executivo da Siemens, Serra avisou que a licitação seria cancelada se a CAF fosse desqualificada, mas disse que ele e Portella "considerariam" outras soluções para evitar que a disputa empresarial provocasse atraso na entrega dos trens. Segundo o e-mail, uma das saídas discutidas seria a CAF dividir a encomenda com a Siemens, subcontratando a empresa alemã para a execução de 30% do contrato, o equivalente a 12 dos 40 trens previstos. Outra possibilidade seria encomendar à Siemens componentes dos trens. Serra disse à Folha que não se encontrou com executivos das empresas interessadas no contrato da CPTM e afirmou que a licitação foi limpa, com vitória da empresa que ofereceu menor preço.  O ex-secretário Portella disse que as acusações são absurdas e que não houve irregularidades na licitação. O e-mail examinado pela Folha faz parte da vasta documentação recolhida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, na investigação aberta para examinar a prática de cartel em licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo de 1998 a 2008. Os documentos examinados pela Folha não contêm indícios de que Serra tenha cometido irregularidades, mas sugerem que o governo estadual acompanhou de perto as negociações entre a Siemens e suas concorrentes. Em outra mensagem de Marchetti, de setembro de 2007, o executivo diz que o governo paulista "gostaria de ver a Siemens contemplada com pelo menos 1/3 do pacote" da CPTM, em "parceria" com as outras empresas. Os documentos foram entregues ao Cade pela própria Siemens, que fez um acordo com as autoridades brasileiras para colaborar com as investigações e assim evitar as punições previstas pela legislação para a prática de cartel. Procurado pela Folha, o Cade informou que o caso está sob sigilo e nenhuma informação sobre o assunto poderia ser repassada à imprensa. Na licitação dos trens, as negociações da Siemens com a CAF não deram resultado. A Siemens apresentou recursos administrativos e foi à Justiça contra a rival, mas seus pedidos foram rejeitados. A CAF venceu a licitação e assinou em 2009 o contrato com a CPTM. A empresa espanhola executou o contrato sozinha, sem subcontratar a Siemens ou outras empresas. A francesa Alstom também participou dessa concorrência. De acordo com os documentos entregues pela Siemens, a empresa tinha um acordo com a rival francesa para dividir o contrato se uma das duas vencesse a disputa. Os documentos obtidos pelas autoridades brasileiras mostram também que, mais tarde, ao mesmo tempo em que negociava com a CAF, a Siemens discutiu a possibilidade de uma aliança com outra rival, a coreana Hyundai, contra os espanhóis da CAF.
Até as crianças sabem da íntima ligação do PT e de Lula com a Siemens. A conta está sendo paga.
O ex-governador José Serra (PSDB) disse nunca ter tido "encontros privados com diretor da Siemens ou de outras empresas fornecedoras do Estado". Ele defendeu a lisura do processo de licitação mencionado pelo funcionário da multinacional alemã: "Foi acirrada, foi o anticartel". Serra confirmou ter ido à conferência em Amsterdã para assistir a "algumas solenidades e palestras". Ele afirma que, na data em que o diretor da Siemens escreveu a seus superiores, a licitação já havia sido concluída. "Os preços finais foram tão mais baixos que quebraram paradigmas nacionais e internacionais", afirmou: "Economizamos recursos públicos." "É lógico que, se as empresas que perderam conseguissem impugnar o resultado na Justiça ou no Banco Mundial (financiador que supervisionava a licitação), iríamos fazer nova concorrência, para manter os preços baixos", afirmou o ex-governador. "Nunca fizemos segredo disso". Para o tucano,o relato do executivo da Siemens de que o governo teria indicado ser "desejável" acelerar o cronograma para entrega dos trens da CPTM e que "consideraria" a possibilidade de a empresa alemã fornecer 30% dos equipamentos, é "sem pé nem cabeça": "Jamais tive ou assisti essa conversa com ninguém, nem faria sentido. A licitação já estava feita", disse."Caberia à empresa vencedora (CAF) fornecer os equipamentos, os preços e os prazos estabelecidos", afirmou.

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