quinta-feira, 1 de agosto de 2013

MINISTRO PETISTA GUIDO MANTEGA NEGA SAÍDA DE DIRETOR BRASILEIRO DO FMI

O ministro da Fazenda, o petista Guido Mantega, negou a possibilidade de o representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, ser destituído do cargo. Batista causou desconforto entre a direção do Fundo e o governo brasileiro após fazer comentários sobre a possibilidade de calote grego. As declarações foram feitas logo depois de Batista se abster na votação que determinaria a aprovação de um novo aporte financeiro à Grécia. Na manhã desta quinta-feira, o petista Guido Mantega afirmou que o governo não foi consultado sobre o novo aporte à Grécia, e que o País apóia a decisão do Fundo de liberar o dinheiro. Durante entrevista coletiva para anunciar mudanças na alíquota de importação para a indústria, o ministro disse que Paulo Nogueira Batista se manterá no cargo, mas foi chamado a Brasília para dar explicações. "Ele não tinha nos consultado a esse respeito. Hoje falei com a diretora Christine Lagarde e disse que posição do Brasil é que se libere, sim, o recurso para a Grécia", disse o ministro. Na quarta-feira, Paulo Nogueira Batista criticou a decisão do Fundo de liberar 1,7 bilhão de dólares para o país e citou haver riscos de não pagamento. Foi bastante incomum o uso de um comunicado público - que destacava a frustração das economias emergentes com a política de resgate a países europeus endividados adotada pelo FMI. Depois da repercussão negativa do comunicado, Paulo Nogueira Batista divulgou, ainda na quarta-feira, uma nota para esclarecer que suas avaliações sobre a decisão do Fundo em relação à Grécia representam uma visão pessoal e não refletem o posicionamento dos onze países por ele representados na diretoria executiva do FMI. A dívida grega só será sustentável se os demais países da zona do euro cumprirem a promessa de oferecer um maior alívio creditício a Atenas. A oferta está atrelada à realização de dolorosos cortes orçamentários e reformas que contribuem para manter a economia do país em recessão.

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