quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MINISTRO PETISTA ALEXANDRE PADILHA DIZ QUE VAI BUSCAR ACORDOS COM OUTROS PAÍSES PARA VINDA DE MÉDICOS, É DE NOVO A HISTÓRIA DE IMPORTAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS

O ministro da Saúde, o petista Alexandre Padilha, voltou a afirmar nesta quarta-feira que o governo brasileiro irá buscar acordos com governos e universidades de outros países para facilitar a vinda de médicos estrangeiros para se instalarem em regiões carentes do Brasil. Na verdade, é a velha história da importação de médicos cubanos, negociada diretamente com a ditadura de Cuba, e não com os profissionais cubanos. “Vamos buscar Espanha, Portugal, Argentina, os países que têm o maior número de inscrições na primeira fase do Mais Médicos. E Cuba, que já ofertou para o Ministério das Relações Exteriores. Vamos fazer as discussões agora, vamos começar a conversa", declarou o ministro petista Alexandre Padilha, ao participar nesta quarta-feira de reunião do Conselho Nacional de Saúde. Como poucos profissionais brasileiros confirmaram o interesse em participar do Programa Mais Médicos, a assinatura dos acordos, segundo o ministro, é umas das opções em estudo para levar profissionais para as unidades de saúde pública nas periferias das capitais e regiões metropolitanas ou em cidades do interior com alto índice de vulnerabilidade social. No início de maio, os governos de Cuba e do Brasil anunciaram parceria para a importação de um lote de 6 mil médicos cubanos, o que foi criticada pelas principais entidades médicas nacionais. Na primeira fase de inscrições do programa, encerrada no último dia 25, um total de 938 médicos brasileiros confirmaram a participação, o que equivale a 6% da demanda dos municípios que, juntos, reivindicaram a contratação de 15.460 profissionais. Os 1.920 médicos com diploma estrangeiro que também se inscreveram para participar do programa têm até esta quinta-feira para completar o cadastro. No dia 15 de agosto, o programa vai abrir uma nova etapa de inscrições para municípios e médicos. “Conseguimos cerca de mil médicos que vão atender 4 milhões de brasileiros em periferias das grandes cidades. Isso mostra que precisamos reforçar a convocação nos próximos meses e pensar em outras estratégias”, disse o ministro, comentando outra iniciativa do governo para reforçar os quadros do Sistema Único de Saúde (SUS): a autorização para que médicos militares possam atuar, nas horas livres, em unidades públicas de saúde da região onde vivem. A autorização está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122. No Artigo 17, a MP 621 estabelece que, para a execução das ações previstas, os ministérios da Educação e da Saúde poderão firmar acordos e outros instrumentos de cooperação com organismos internacionais, instituições de educação superior nacionais e estrangeiras, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, consórcios públicos e entidades privadas, inclusive com transferência de recursos.

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