terça-feira, 27 de agosto de 2013

MINISTÉRIO DA DEFESA DIZ QUE NÃO SABIA DA ESCOLTA DE FUZILEIROS NAVAIS AO SENADOR BOLIVIANO ROGER PINTO MOLINA

O Ministério da Defesa emitiu uma nota nesta terça-feira se eximindo de responsabilidade sobre a participação de dois fuzileiros navais no trajeto rodoviário percorrido pelo senador boliviano Roger Pinto Molina, que deixou a embaixada brasileira em La Paz e seguiu até Corumbá (MS) no final de semana. Mas, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira afirma que os altos escalões das Forças Armadas foram informados da operação de transferência do asilado que estava na embaixada como prisioneiro político do nano ex-ministro Antonio Patriota. O parlamentar boliviano não tinha o salvo-conduto para deixar o prédio da representação brasileira, mas saiu em um veículo da embaixada, que tem imunidade, não pode ser revistado por ninguém. Oficialmente, o governo brasileiro afirma não ter autorizado a empreitada. A nota diz que nenhuma autoridade da Defesa foi informada sobre a operação, e que, no dia da fuga, os três adidos militares do Brasil na Bolívia estavam fora de La Paz, participando de um evento em Cochabamba. O texto ainda afirma que os militares têm como atribuição a proteção do embaixador e dos demais diplomatas brasileiros na Bolívia. O encarregado de negócios é Eduardo Saboia, diplomata que responde pela embaixada brasileira na Bolívia. Foi ele quem conduziu Molina até a fronteira com o Brasil. “Os militares participaram da viagem ao serem convocados pelo encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz. De acordo com informações já prestadas pela Marinha do Brasil, a participação dos fuzileiros teve o objetivo exclusivo de garantir a segurança do diplomata brasileiro”, diz a nota. A nota foi divulgada menos de duas horas depois de a presidente Dilma Rousseff afirmar que o Ministério da Defesa iria explicar o episódio.

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