domingo, 25 de agosto de 2013

MÉDICO MILITAR FANÁTICO ISLÂMICO, AUTOR DE MASSACRE EM BASE MILITAR NO TEXAS, É CONDENADO À PENA MÁXIMA

O militar que matou treze pessoas e deixou dezenas de feridos na maior base militar dos Estados Unidos, em 2009, foi considerado culpado na sexta-feira. O júri, composto por treze militares de alta categoria, deliberou durante quase sete horas até chegar ao veredicto unânime e considerar o major Nidal Malik Hasan, médico psiquiatra, culpado por treze assassinatos premeditados e 32 tentativas de homicídio. Hasan, que assumiu a autoria dos crimes, poderá ser condenado à pena de morte. O julgamento agora entra na fase de definição da sentença. Hassan, de 42 anos, fez sua própria defesa e optou por não arrolar testemunhas. Também não quis se pronunciar quando teve oportunidade, na quinta-feira. Na verdade, demonstrou pouco interesse em apresentar uma defesa. O começo do julgamento estava previsto para março do ano passado, mas foi atrasado diversas vezes, principalmente por uma discussão sobre a barba que Hasan deixou crescer enquanto estava em custódia militar. Apesar da pressão de um juiz para que ele fosse barbeado à força, ficou decidido que ele poderia manter a barba. Em novembro de 2009, o psiquiatra abriu fogo em uma área reservada a soldados na base de Fort Hook, no Texas. Enquanto atirava, gritava  "Allah akbar!" ("Deus é grande" em árabe). Alvejado por quatro tiros ao ser capturado, ficou paraplégico. Muçulmano nascido nos EUA, primogênito de um casal de imigrantes palestinos, ele disse que realizou o ataque para proteger a liderança talibã no Afeganistão, especialmente seu chefe, mulá Omar.  A biografia de Hasan permitiria que o Exército americano o expulsasse, mas isso não ocorreu (um pedido para deixar a farda foi negado), abrindo espaço para a ação de um terrorista. Não é proibido ser militar e muçulmano ao mesmo tempo, mas ele era um muçulmano cuja crença estava contaminada pela paranóia de que os infiéis (ou seja, todos os outros) são contra o Islã. Abertamente contra a guerra no Iraque e no Afeganistão, dizia que sua lealdade à sharia, o rígido conjunto de leis islâmicas, precedia sua lealdade à Constituição americana. E manteve contato por e-mail com Anwar al-Awlaki, líder espiritual extremista cuja mesquita era frequentada por dois terroristas do atentado de 11 de setembro. Os Estados Unidos não executaram nenhum soldado desde 1961. Há outros cinco militares condenados à morte na base de Fort Leavenworth, no Kansas - muitas sentenças de pena de morte a militares foram comutadas em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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