domingo, 4 de agosto de 2013

LULA FAZ DISCURSO DE ENCERRAMENTO DO FORO DE SÃO PAULO

O ex-presidente Lula pediu na sexta-feira à esquerda latino-americana reunida no Foro de São Paulo que aprofunde a democracia e a integração perante os esforços dos Estados Unidos para "separar" a região. "A história se encarregou de provar que a democracia exercida a partir da participação das massas é a melhor fonte e a melhor via para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país", declarou Lula na abertura das sessões do 19º Foro de São Paulo. O ex-presidente também quer mais esforços em favor de projetos de integração "concretos", que superem os âmbitos do livre comércio e se foquem em aspectos políticos, sociais, econômicos, sindicais e científicos, entre muitos outros. Diante de 600 delegados de uma centena de partidos de esquerda latino-americanos, Lula advertiu também para o "incômodo" provocado nos Estados Unidos pelos "governos progressistas" que irrompem na região. Também afirmou que os Estados Unidos e outras grandes potências "não aceitam" a "nova integração" que, em sua opinião, é representada pelo Mercosul, pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). "Aí está a Aliança do Pacífico (formada por Chile, Peru, Colômbia e México), que, além de interesses comerciais que ninguém pode reivindicar, esconde atrás o interesse geopolítico de debilitar a aliança da América do Sul e da Celac", opinou Lula. O ex-presidente também exigiu dos participantes do Foro de São Paulo que não cessem esses esforços integradores que, segundo ele, sentem agora "a falta do companheiro Hugo Chávez". Lula evocou a "gigante figura" do presidente venezuelano, falecido no último dia 5 de março, declarou que "é muito triste que já não esteja aqui" e se disse "preocupado" pelo futuro da integração, pela "enorme intensidade" que lhe dava o líder bolivariano.

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