quarta-feira, 21 de agosto de 2013

INVASORES SÃO RETIRADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO POR DECISÃO JUDICIAL

Após 12 dias acampados no interior do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal de Vereadores da capital fluminense, na Cinelândia, os sete invasores restantes sairam do local no início da tarde desta quarta-feira, após a chegada de três oficiais de Justiça com a ordem de reintegração de posse. Com mordaças, os invasores deixaram o prédio carregando cartazes com dizeres "O bom filho a casa torna" e gritando "viva a resistência". A decisão de reintegração foi tomada na noite de terça-feira pelo desembargador Fernando Fernandy Fernandes, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Um dos jovens que participaram da invasão, que não quis se identificar, mas que fosse chamado de Amarildo, em referência ao ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, morador da Rocinha que está desaparecido desde o dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, disse que a saída do prédio ocorreu pacificamente. "Desta vez não houve intimidação da parte dos oficiais de Justiça e dos seguranças da Casa. A saída foi pacífica, porque sabíamos que se não saíssemos a força policial seria ativada. Não houve nenhum dano ao patrimônio público, o próprio presidente da Câmara disse que não tinha do que reclamar, e os vereadores da oposição, inclusive, assinaram um termo garantindo que não tínhamos depredado o palácio", explicou. Alguém precisa explicar a esse estúpido que oficial de Justiça não intimida, ele comunica e executa ordem Judicial. O grupo de manifestantes que se autodenomina "Amarildo" garantiu continuar a ocupação na parte externa do prédio, na escadaria. "A resistência continua, permaneceremos aqui por tempo indeterminado", avisou um integrante pelo alto-falante. Ao saírem do plenário, eles leram na escadaria uma carta em resposta à decisão do desembargador, criticando tanto a atuação da Justiça como a da Câmara. A advogada dos manifestantes, Cristiane Oliveira, disse que não teve acesso às informações sobre a decisão judicial e, em função disso, não teve como recorrer. Alguém precisa informa essa advogada que a decisão está disponível na internet, no site do Tribunal de Justiça, desde a noite de terça-feira.

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