sexta-feira, 9 de agosto de 2013

INVASÃO DA CÂMARA DO RIO DE JANEIRO É SÓ MANIFESTAÇÃO DE TRUCULÊNCIA DO PSOL, UM PARTIDO AMIGO DE DITADURAS. OU: A AGENDA ALOPRADA


A pauta aloprada dos invasores da Câmara, no Rio
Um grupo de 100 pessoas invadiu a Câmara dos Vereadores do Rio. Por quê? Porque eles exigem, ora vejam, que o vereador Eliomar Coelho, do PSOL, seja nomeado relator da chamada CPI dos ônibus. A comissão foi proposta, de fato, por Eliomar, mas, em qualquer câmara legislativa, de qualquer esfera, os partidos que têm a maioria comandam a comissão — a não ser que abram mão disso num acordo. Para citar o caso mais famoso, a CPI dos Correios (do Mensalão) tinha como presidente o senador Delcídio Amaral, do PT, e como relator o deputado Osmar Serraglio, do PMDB, partidos da base. Essa história de que autor de requerimento de CPI aprovada deve ser seu relator é direito criativo praticado pelos crentes de Marcelo Freixo, que é a mão que balança o berço…
O arquivo do blog está aí. Houve um tempo em que integrei, acho, um amplo grupo de uns, deixem-me ver, TRÊS jornalistas críticos ao PMDB do Rio, estadual (muito especialmente) ou municipal. A blindagem deslumbrada promovida por certos setores da imprensa era estúpida, puxada pela suposta novidade — e maravilha! — das UPPs. Aí os humores mudaram, e, agora, qualquer bagunça promovida na capital fluminense aspira à condição de manifestação democrática. Uma ova! A anarquia tem tanta relação com a democracia quanto a ditadura.
Também no caso em questão, a invasão é um despropósito. Aliás, sempre que uma coisa assim se der fora do ambiente de uma rebelião popular contra uma ditadura, o absurdo está dado. Como nos falta a ditadura, esse simulacro de rebelião é só uma patetice autoritária. E, no caso, o autoritarismo não é dos vereadores. Não! Eu não gosto do PMDB. Não, eu nunca apoiei blindagem nenhuma, como é sabido, mas também não apoio a truculência de “psois” e outras esquerdas ainda mais alopradas.
Lá no alto, vai uma carta distribuída por invasores. Fazem reivindicações sobre a CPI, mas pedem também:
1) Projeto de lei (???) para libertar presos políticos
É a ignorância a serviço da mistificação. Não existem presos políticos no Brasil — e, pois, nem no Rio. Houvesse, não seriam soltos por meio de projeto de lei.
2) Fim imediato dos processos contra os manifestantes
A reivindicação, igualmente ignorante, não pertence à esfera do Executivo ou do Legislativo; é coisa da Justiça.
3) Projetos de Lei para dar posse aos índios da chamada Aldeia Maracanã e criação do Fundo Social Indígena
Dizer o quê? Aí a gente sai do terreno da política e começa a entrar no da psiquiatria.
4) Contra remoções e despejos
É preciso ver o que se entende por isso. Obras de urbanização ou reurbanização, no mundo inteiro, podem obrigar a deslocamentos e remoções. A reivindicação correta é que se façam as coisas dentro da lei e que ninguém seja posto ao relento ou em lugar degradante.
Se eu achasse que esse tipo de procedimento torna o Brasil melhor e mais democrático, é claro que eu estaria apoiando. Mas acho precisamente o contrário. Há uma diferença entre a organização política, que pressiona o poder público — e assim se faz nos regimes de liberdade — e a tática de tomar de assalto os órgãos de representação.
O melhor deles é ruim
É bom lembrar que o PSOL é parte da extrema esquerda que se desligou do PT porque o considerava um partido, como direi?, moderado demais, excessivamente à direita. Não custa lembrar que o regime cubano ainda é uma referência positiva para esses valentes, daí que eles tenham integrado a tropa de choque que hostilizou no Brasil a blogueira Yoani Sánchez. Como esquecer que o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um queridinho da imprensa e considerado, imaginem!, a voz moderada do partido, aconselhou Yoani a ir para Miami? Sim, ele resolveu hostilizar, em nosso país, uma pessoa que é politicamente perseguida em seu país de origem. Entre o PMDB e o PSOL, escolho a democracia. Por Reinaldo Azevedo

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