segunda-feira, 26 de agosto de 2013

AOS GRITOS, MÉDICOS DO CEARÁ CERCAM E HOSTILIZAM CUBANOS: "ESCRAVOS, ESCRAVOS"

Médicos cubanos foram vaiados, hostilizados e chamados de "escravos" por médicos brasileiros que fizeram um protesto na saída do primeiro dia do curso para o programa Mais Médicos, do governo federal, em Fortaleza. Liderado pelo Simec (Sindicato dos Médicos do Ceará), o grupo de brasileiros se reuniu a partir das 18 horas na saída da Escola de Saúde Pública com uma faixa exigindo a aplicação de prova para a revalidação de diploma dos estrangeiros. Foi no mesmo horário marcado para uma solenidade de acolhimento dos médicos estrangeiros, com a presença de representantes do Ministério da Saúde. Havia no local 96 médicos estrangeiros, sendo 79 cubanos. Houve um princípio de confusão quando os médicos brasileiros tentaram entrar no prédio da escola e seguranças trancaram a porta. Durante a solenidade dentro do auditório era possível ouvir os gritos dos manifestantes, que cercaram todas as saídas do prédio. "Fecharam as portas para os médicos do Brasil e abriram as portas para os médicos de Cuba", afirmou José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos. Quando a solenidade terminou, por volta das 20 horas, os manifestantes continuavam do lado de fora da escola e começaram a bater com força nas paredes de vidro do prédio, ameaçando quebrá-las. O grupo de médicos estrangeiros ficou preso dentro do prédio, sem poder sair para os alojamentos.

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