quarta-feira, 17 de julho de 2013

SERRA DISCUTE SAÍDA DO PSDB E INGRESSO NO PARTIDO DE KASSAB, O PSD

Surpreendendo senadores e o próprio líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), o ex-ministro José Serra desembarcou na terça-feira no Congresso Nacional, que já estava em clima de recesso branco, e tomou a iniciativa de marcar reuniões e conversas políticas para discutir “saídas para o Brasil”. Em plena movimentação política para mostrar que está no jogo, Serra conversou com os senadores independentes do PDT, Pedro Taques (MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Na ausência do presidente do PSDB e provável candidato ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), que não estava em Brasília, o ex-governador entrou em gabinetes, distribuiu sorrisos e tirou fotos. Na reunião com os independentes discutiu o impacto dos movimentos de rua e a reação “virtual” do governo Dilma Rousseff. Ele não negou a saída do PSDB e, ao falar do patrimônio eleitoral de Marina Silva, do Rede, de cerca de 20 milhões de votos em 2010, Serra disse que seus 43 milhões de votos também não podem ser desprezados em 2014. Sobre a possível saída do PSDB e convites para se candidatar ao Planalto pelo PSD e PPS, Serra deixou claro que tem alternativas, mas sempre com críticas a antecipação do debate eleitoral: "Eu tenho muito boas relações com o Roberto Freire, do PPS, e também com outros políticos e outros partidos".  Aliado ao governo Dilma Rousseff desde o início do ano, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) está se reaproximando do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e dá sinais de que pode se distanciar do governo federal. Em conversas com aliados, Kassab diz que não descarta a possibilidade de apoiar uma eventual candidatura do ex-governador à Presidência. A guinada ocorre depois de as pesquisas de opinião registrarem queda acentuada da popularidade de Dilma com os protestos de junho. Entre aliados de Kassab, a avaliação é de que Serra é o maior beneficiário político da fragilidade de Dilma. Segundo tucanos e integrantes do PSD, Kassab e Serra mantiveram sólido relacionamento mesmo após a derrota do tucano na disputa pela prefeitura de São Paulo. Aliados de Serra atribuíram seu fracasso eleitoral à rejeição do eleitorado à administração de Kassab.

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