quarta-feira, 10 de julho de 2013

SAÍDAS DE DÓLARES SUPERAM ENTRADAS EM US$ 780 MILHÕES NA PRIMEIRA SEMANA DO MÊS

O mês de julho começou com saldo negativo das entradas e saídas de dólares do País. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central, nos cinco dias úteis da semana passada, o saldo ficou negativo em US$ 780 milhões. A saída de dólares permanece maior do que a entrada, como registrado em junho (saldo negativo de US$ 2,636 bilhões). De janeiro até a primeira semana de julho, o saldo do fluxo cambial ficou positivo em US$ 8,754 bilhões, com resultado negativo do segmento financeiro em US$ 8,687 US$ bilhões e positivo do comercial, em US$ 17,441 bilhões. Na primeira semana de julho, o resultado negativo veio do segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), US$ 1,362 bilhão. O fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) registrou saldo positivo de US$ 582 milhões, na semana passada. No último dia 3, o Banco Central eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o Exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O Banco Central derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida aumenta a oferta de dólares no mercado, empurrando a cotação para baixo. De acordo com os dados do Banco Central, as operações de pagamento antecipado ficaram em US$ 798 milhões, na primeira semana de julho. As operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) chegaram a US$ 690 milhões. Esses valores estão incluídos nas exportações, que totalizaram US$ 4,027 bilhões. As importações ficaram em US$ 3,445 bilhões, na primeira semana de julho. Além dessa medida para estimular a entrada de dólares no País e, com isso, ajudar a reduzir a cotação da moeda, o Banco Central retirou o depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair. O Banco Central também tem feito operações de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, para tentar suavizar a alta do dólar.

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