sábado, 13 de julho de 2013

PRESIDENTE ELEITO DO PARAGUAI REJEITA VOLTA AO MERCOSUL

O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, rechaçou na sexta-feira o retorno do país ao Mercosul ao criticar a presidência pró-tempore da Venezuela no bloco. Em comunicado, Cartes afirmou que as características jurídicas do ingresso da Venezuela como membro pleno “não seguiram as normas legais a que se deve ajustar a adesão de um novo membro”: “O mero transcurso de tempo ou decisões políticas posteriores não restabelecem, por sí só, o império do direito”. As declarações de Cartes indicam que, apesar do anúncio sobre o fim da suspensão ao país, a volta do Paraguai ao bloco pode ser um processo bem mais complicado do que os presidentes boloivarianos sul-americanos fizeram parecer na sexta-feira. Reunidos em Montevidéu, os presidentes bolivarianos Nicolás Maduro, da Venezuela, José Mujica, do Uruguai, Cristina Kirchner, da Argentina, e Dilma Rousseff expressaram “satisfação” com a eleição no Paraguai e declararam que os “compromissos democráticos” do país serão cumpridos quando o novo governo assumir, no dia 15 de agosto. A presidente Dilma afirmou ainda a jornalistas que os todos "se comprometeram a comparecer à posse de Cartes". Diante da reação do paraguaio, a presença dos vizinhos pode se tornar um momento de embaraço diplomático. No início de julho, Cartes havia pedido que os países do Mercosul outorgassem a presidência ao Paraguai "como um gesto de boa vontade". No comunicado de sexta-feira, ele ressaltou que observará na presidência a preservação “da dignidade e dos interesses do Paraguai”. “O regresso do Paraguai ao Mercosul exercendo a plenitude de seus direitos se baseia no respeito ao Estado de Direito e à dignidade da República”.

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