quarta-feira, 31 de julho de 2013

PARTIDOS RECUAM E DEIXAM JOSÉ SERRA SEM GARANTIA DE APOIO

A dois meses do prazo final para o ex-governador José Serra (PSDB) decidir se troca de partido, as legendas procuradas para construir uma aliança em torno do nome dele para a eleição presidencial em 2014 já dizem que dificilmente o tucano terá um compromisso de apoio por parte delas até outubro. Uma das condições para Serra tentar uma candidatura à Presidência fora do PSDB é ter aliados de peso, que garantam a ele competitividade, cenário cada vez mais distante. Lideranças do PV, PSD e PTB alegam que não há como definir questões como essa um ano antes da disputa eleitoral. O partido que mais se aproxima do tucano hoje é o PPS. Serra foi convidado em abril a se filiar à sigla. Mas o PPS tem menos de um minuto no horário eleitoral, o que inviabilizaria uma candidatura solteira, sem apoio de outros partidos. Por isso, o ex-governador tem passado as últimas semanas em conversas com dirigentes partidários para avaliar as chances de alianças. Serra tem até 5 de outubro para decidir se fica ou sai do PSDB, onde, com o avanço do senador Aécio Neves, não deverá haver espaço para ele na próxima corrida presidencial. Se permanecer no PSDB, Serra terá como opção se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Na primeira alternativa, é possível que tenha de brigar pela vaga. No caso de disputar uma cadeira de deputado federal, o ex-governador já ouviu a proposta de aliados, mas rechaçou prontamente. A avaliação de dirigentes tucanos é que Serra só deverá se filiar ao PPS se tiver a certeza do apoio, ao menos, do PSD. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que fez o convite a Serra para se filiar à sigla, diz que a situação do amigo não é fácil. Freire disse que renovou o convite a Serra após a fusão entre o PPS e o PMN fracassar. O ex-governador já esteve com outros dirigentes do PPS para tratar do cenário eleitoral de 2014. Mas a indefinição dele tem gerado reclamações.

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